Nos últimos tempos, a economia brasileira vive em uma gangorra. Há meses em que os números sobem, mostrando pequenas melhoras, e outros em que caem novamente. E este cenário não foi diferente em outubro.
Segundo dados divulgados pelo relatório do IEMI – Inteligência de Mercado, o setor moveleiro voltou a oscilar.
No Brasil, a produção de móveis em volumes que havia alcançado 36,2 milhões de peças em setembro, e caiu para 35 milhões em outubro, voltou a apresentar uma leve melhora, somando 35,6 milhões de peças, o que representa uma alta de 2,1%. Nos últimos 12 meses, a produção recuou 14,2% em relação ao mesmo período anterior.
O panorama não foi favorável no Rio Grande do Sul, que no mês passado somou 7,6 milhões de unidades, uma queda de 1,2% se comparado a setembro. A produção na indústria de transformação apresentou alta de 0,1%.
O consumo aparente de móveis no Brasil – que em setembro havia caído – sinalizou um aumento de 2%, com 35,2 milhões de peças. No Estado, o saldo foi negativo: 7,2 milhões e queda de 2,1% no mês.
A participação dos móveis importados no Brasil foi de 1,9% em outubro contra 1,6% de setembro, e 2,4% no acumulado do ano. A dos móveis exportados foi de 3,1% sobre 3% do mês anterior, e 3,4% a.a..
No Rio Grande do Sul os móveis importados representaram menos de 1% do consumo interno. Nas exportações houve uma leve melhora: de 5,7% para 6,3%.
A produtividade da indústria moveleira teve um aumento de 2,7% e a da indústria de transformação registrou alta de 1,5%.
Seguindo uma sequência de meses consecutivos com queda, o volume de geração de empregos permaneceu com números negativos no setor de móveis.
No Brasil, em outubro, houve queda de 0,4%. No ano, a retração já chega a 4,7%. Na indústria de transformação houve recuo de 0,7% no mês, de (-) 3% no ano e de (-) 6,1% nos últimos doze meses.
O Ministério do Trabalho e Emprego – CAGED informou que foram abertas 14 vagas de trabalho no mês, chegando a 234.900 empregos diretos, uma queda de 5,2% em relação a dezembro de 2015.
No RS, considerando o mesmo período de comparação, houve queda no saldo de emprego na indústria moveleira, com fechamento de 47 postos de trabalho, chegando a 34.310 postos de empregos diretos no setor, uma redução de 4,4% em relação a dezembro do ano passado.
A média salarial também teve desvalorização de 1%. Na indústria de transformação, a desvalorização chegou a 2,1%.
As vendas do comércio varejista de móveis, que vinham amargando maus resultados, apresentaram uma leve alta de 5,7% em volume de peças e de 5,7% em valores. No Rio Grande do Sul, também houve alta de 9,4% em volume e de (+) 9,2% em valores.
O presidente da MOVERGS, Volnei Benini, destaca que 2016 tem sido um ano difícil economicamente, politicamente e socialmente. “Está sendo desafiador ser empresário no Brasil nos últimos anos”, avalia, e completa: “Quem conseguir vencer estes obstáculos, certamente sairá fortalecido. É preciso acreditar e trabalhar para isso”.
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Com mais de 29 anos de atuação, a MOVERGS representa as indústrias moveleiras no Estado do Rio Grande do Sul, e tem como lema “unir para fortalecer, renovar para crescer”. Em 2015, somente em Bento Gonçalves, o setor moveleiro faturou R$ 2,2 bilhões entre 300 empresas do segmento. Dentro da indústria de transformação, a área moveleira é a que mais emprega. É, portanto, de significativa contribuição para o desenvolvimento econômico e social da cidade que é um dos principais polos do segmento no Brasil.
O Rio Grande do Sul tem, atualmente, 2.750 empresas moveleiras, que respondem por 18,4% do total de móveis fabricados no Brasil. Essa participação confere ao Estado posição de liderança como maior produtor do país. No ano passado, as indústrias de móveis faturaram R$ 6,73bilhões e exportaram mais de U$ 183 milhões. Também foram responsáveis pela geração de mais de 39mil empregos. Tais indicadores demonstram o quão representativo é o segmento no contexto da economia gaúcha, tanto pela geração de renda e tributos, quanto de postos de trabalho.
Fonte: Insider2 Brasil
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