Na data em que se comemoram os 180 anos de serviço e proteção prestados pela Polícia Civil à sociedade gaúcha, o governador Eduardo Leite e o vice-governador e secretário da Segurança Pública, delegado Ranolfo Vieira Júnior, lançaram em evento na Serra o livro que retrata toda a história de evolução, qualificação e aprimoramento da polícia judiciária do Estado. A solenidade foi realizada na sexta-feira, 3, dentro da programação do 10º Seminário anual da instituição, no Tri Hotel, em Canela.
Produzido sob coordenação da Chefia de Gabinete da Chefia de Polícia e da Divisão de Comunicação Social da Polícia Civil, a obra de 152 páginas traz uma série de fotografias históricas e remonta todas as fases da instituição, desde a criação pela Lei nº 261, de 3 de dezembro de 1841, assinada pelo imperador Dom Pedro II, até a sua estrutura mais atual, com unidades especializadas, técnicas modernas de investigação e forte emprego de tecnologia.
“As instituições são feitas pelas pessoas no tempo. Tantas e tantas pessoas, milhares e milhares, passaram ao longo desses 180 anos pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul, e na sua atuação, na sua dedicação ao trabalho, constituíram o que é a instituição Polícia Civil. É momento sim de olhar para trás, render as homenagens, o livro aqui lançado é um registro histórico importante. Que bom que é olhar para trás, com orgulho de um passado construído a tantas mãos. Mas melhor ainda é olhar para frente e projetar um futuro com confiança de que andamos na direção correta. Os indicadores de criminalidade apontam isso, e os avanços que a Polícia Civil tem promovido também nos dão esses motivos”, afirmou Leite.
O governador ressaltou ainda as melhorias realizadas em processos, na tecnologia e na formação do corpo de servidores, destacando os recentes investimentos anunciados pelo Avançar na Segurança. O programa irá destinar R$ 280,3 milhões para investimentos nos órgãos vinculados à Secretaria da Segurança Pública (SSP) – o maior montante destinado de uma só vez, exclusivamente com recursos do Tesouro do Estado, para a área em toda a história do Rio Grande do Sul. Para a Polícia Civil, serão R$ 85,8 milhões a serem aplicados na aquisição de tecnologias e equipamentos (R$ 36,7 milhões), veículos (R$ 35,1 milhões) e obras (R$ 14 milhões).
“Do lado do governo, como administrador, fico muito feliz em proporcionar os investimentos necessários para dar respaldo ao trabalho que é feito com muita dedicação pelos servidores. Porque não é a tecnologia, a viatura ou o armamento que fazem a diferença, eles são ferramentas. Mas sem o fator humano, a qualidade dos nossos inspetores, escrivães, delegados, eles não servem para nada. Dependem fundamentalmente da capacidade técnica desses servidores da Segurança. Em nome da população, todo nosso reconhecimento e agradecimento. Parabéns, vida longa à Polícia Civil”, completou Leite.

O livro é o primeiro registro completo de memória da instituição em seus 180 anos de história, fruto de intensa pesquisa em arquivos públicos e no acervo do Museu da Polícia Civil e diversas unidades da PC em todo o RS. Além de mensagens do governador, do vice-governador e da chefe de Polícia, delegada Nadine Anflor, a publicação se divide em três capítulos. “Os primórdios”, com o nascimento ainda nos tempos de Império, “A função investigativa”, com o início da especialização e o salto técnico entre as décadas de 1940 à 1980, e “A Polícia Civil hoje”, com a estruturação em 13 departamentos, 103 delegacias especializadas, 370 delegacias distratais, 33 delegacias regionais, 44 Delegacias de Polícia de Pronto Atendimento e 5.306 homens e mulheres que dão vida à Polícia Civil.
“A história da Polícia Civil se confunde com a história do Rio Grande do Sul. E tenho o privilégio de ter feito parte dos últimos 24 anos dessa trajetória. Minha vida tem essa ligação muito forte com a Polícia Civil. Em 1997, prestei o concurso público para delegado e alcancei o sonho de concretizar minha vocação. Passei por várias unidades, fui chefe de Polícia e tive a satisfação de contribuir com a criação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa”, relembrou em seu discurso o vice-governador.
Ranolfo destacou ainda as recentes criações da Divisão Estadual de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (DCCOR) e da Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância, a participação integrada da Polícia Civil no programa RS Seguro e a nomeação de Nadine como primeira mulher à frente do órgão. “Agora, na condição de vice-governador e secretário da SSP, quebramos mais um paradigma ao nomear a primeira mulher chefe de Polícia nesses 180 anos de história, escolhida por ter a competência e todas as qualidades para liderar a instituição. Hoje é um dia de muita comemoração por toda essa história de evolução. Vida longa à Polícia Civil”, afirmou o vice-governador.
A chefe de Polícia destacou o papel fundamental de cada um dos servidores e servidoras da instituição, insubstituíveis como pilar da existência e da excelência apresentada na missão de servir e proteger os gaúchos. “Temos os facilitadores de investigações com tecnologia, novos equipamentos, lançamos aplicativo de celular em meio à pandemia, inquéritos eletrônicos, diversas inovações. Mas nada substitui esses homens e essas mulheres, essa dedicação, esse comprometimento, esse amor que temos. Obrigada, senhoras e senhores, por fazerem acontecer a Polícia Civil. Obrigada comissárias, delegadas de Polícia e todas aquelas que ingressaram desde a década de 1970, que permitiram que uma delegada estivesse pela primeira vez a frente da nossa instituição”, afirmou Nadine.
A chefe de Polícia enalteceu ainda a aliança entre tradição e renovação como fatores para alcançar o marco de 180 anos. “Atravessamos esses quase dois séculos mostrando o quanto somos essenciais. Nesse momento somos uma instituição consolidada, respeitada, comprometida com o trabalho dos 5.306 servidores que doam as suas vidas pela vida dos outros. E permitam-me aqui, desculpem-me os colegas chefes de Polícia, fazem a melhor Polícia Civil do Brasil”, afirmou emocionada Nadine, que também é presidente do Conselho Nacional do Chefes de Polícia Civil (CONCPC), cujos membros participaram da solenidade.
O subchefe de Polícia, delegado Fábio Motta Lopes, destacou o ganho de conhecimento proporcionado ao longo dos anos e também neste 10º Seminário anual para qualificar o trabalho investigativo da instituição. “Esse é o nosso carro-chefe, nossa missão principal, fundamental para repressão das organizações criminosas. Foi o que procuramos discutir nessa edição com profissionais gabaritados, não só aqui do Estado, mas de todo o país, para trocarmos experiências e para que a gente evolua. Que cada vez mais prestemos um serviço de qualidade nessa repressão, nessa investigação criminal, que é o nosso papel constitucional”, afirmou o subchefe.
Livro será entregue a autoridades e parceiros
De autoria da escritora e jornalista Maristela Scheuer Deves, em coautoria com as inspetoras Beatriz Conceição Goularte Sesti, Maria Bernadete Saidelles e Maria de Lourdes da Silva Lahude, o livro traz ainda a lista de chefes de Polícia desde o início da instituição. A capa é obra de Zeca Honorato e Alejandro Montes, da ZK Gestão de Imagem, Comunicação e Reputação. Impressa em tiragem inicial de 600 exemplares, a obra será entregue a autoridades e instituições parceiras da Polícia Civil.
Na solenidade em Canela, exemplares forem entregues por Nadine e Fábio a todos os chefes de Polícia e delegados gerais que estiveram na Serra desde quarta-feira para participar da 55ª Reunião Ordinária do CONCPC. Todos os diretores de departamentos e delegados regionais da PC também receberam unidades da obra.
O último dia do seminário foi marcado ainda pela apresentação de um vídeo institucional dos 180 anos da Polícia Civil, produzido pela instituição em parceria com a Secretaria de Comunicação do Estado (Secom). O vídeo estará publicado em todas as redes sociais da PC, do governo e também da Secretaria da Segurança Pública.
Fonte: Governo do Estado
Foto: Itamar Aguiar / Palácio Piratini / Divulgação
(RM)
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