Nem todo o vinho precisa envelhecer para ser apreciado

Os chamados vinhos jovens apresentam frescor e aroma frutado e são uma ótima experiência gustativa

Muitos consumidores de vinho, por acreditarem em algumas máximas ventiladas como verdades absolutas, presumem que toda bebida precisa passar por um processo de envelhecimento antes de ser apreciada. Realmente, alguns vinhos, como os que apresentam potencial de guarda, requerem um tempo de maturação em barricas e envelhecimento na garrafa até serem consumidos. Mas isso não significa que todo vinho precise desse longo tempo para ser consumido.

As vinícolas reservam boa parte de sua produção para atender a todo tipo de paladar, o que inclui os apreciadores dos chamados vinhos jovens, cujas características evidenciam leveza e frescor. Essas bebidas são elaboradas de modo que os vinhos possam ser consumidos imediatamente, ou seja, preferencialmente, no ano em que foram engarrafados. Mas, outra vez, essa não é uma verdade única: caso ele seja aberto no ano seguinte, ainda apresentará seu perfil característico.

Bons exemplos de vinhos jovens são os rosés. Considerados versáteis e refrescantes, eles caíram no gosto do consumidor e são tendência de consumo. Mas, claro, os vinhos jovens podem ser também tintos quanto brancos.

Além disso, podem ser elaborados com uvas tradicionais como Cabernet Sauvignon, Merlot ou até mesmo Tannat, geralmente utilizadas em vinhos varietais mais estruturados e destinados a guarda. É o caso, por exemplo, dos produtos das linhas Aquasantiera e Granja União, ambos da Cooperativa Vinícola Garibaldi.

Esse estilo de vinhos, quando se fala em tintos, pode ser elaborado tanto em função do manejo realizado nos vinhedos, como por processos enológicos de elaboração (termovinificação ou maceração carbônica), ou ainda utilizando variedades de uva de menor estrutura tânica, como Pinot Noir e Gammay, por exemplo. Ainda que tenha passado por leve estágio em madeira ou mesmo no inox, o que determina sua jovialidade é sua estrutura leve e seu frescor. A fruta, neste caso, estará bem pronunciada nos aromas e, como é de se esperar, o vinho jovem não apresentará grande intensidade de taninos e corpo, sendo leve e macio em seu paladar.

O aspecto visual dos tintos remeterá a uma cor não muito profunda, podendo variar do violeta ao rubi, dependendo da variedade utilizada.

Já no caso dos brancos e rosés jovens, encontraremos geralmente alta intensidade aromática, seja de frutas frescas ou floral. Em boca, é comum apresentarem acidez pronunciada que lhes confere frescor e intensidade gustativa. Em relação ao visual, os brancos costumam ser amarelo pálido, com reflexos esverdeados, enquanto os rosés podem variar de cores levemente rosadas até cores mais intensas, dependendo do perfil buscado pelo enólogo em sua elaboração.

Fonte: Exata Comunicação

Fotos: Daniela Radavelli

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