Representante do governo federal Luciana Santos foi apresentada a iniciativas que envolvem terapia celular avançada, tratamento de resíduos sólidos urbanos e diagnóstico e inovação em saúde única
Na Universidade de Caxias do Sul para a 2ª Feira Brasileira do Grafeno, nesta segunda-feira, 13 de novembro, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, sinalizou apoio a projetos estratégicos da Universidade de Caxias do Sul. Contextualizando o movimento permanente de pesquisa orientada para a inovação e para o desenvolvimento social da UCS, em agenda que antecedeu a abertura do evento, o reitor Gelson Leonardo Rech abriu a apresentação de iniciativas relacionadas à terapia celular avançada, tratamento de resíduos sólidos urbanos e diagnóstico e inovação em saúde única. Por sua relevância nacional “gostaríamos de colocar o Ministério também propulsionando essas inovações científicas”, convidou.
A ministra manifestou alegria diante do que conferiu. “Esta Universidade pratica algo que é um grande desafio do nosso Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia: fazer a interseção com o setor produtivo. Que essa riqueza intelectual possa se traduzir em produtos e serviços, e possamos atingir os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável”, projetou, valorizando os trabalhos desenvolvidos e sua conexão com a pauta governamental em âmbitos como descarbonização, saúde e transformação digital (essa a partir de matérias-primas como o grafeno). Segundo Luciana, os avanços e conquistas denotam a inteligência brasileira e são orgulho nacional. “As demandas apresentadas aqui são possíveis de atender”, sinalizou, a partir de caminhos como editais para programas e projetos ligados ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FNDCT.
Projetos estratégicos
O vice-reitor da UCS, professor Asdrubal Falavigna, falou sobre o projeto de Promoção da Saúde pela Terapia Celular Avançada, aplicada em patologias, com a criação de produtos de tecnologia regenerativa e antineoplásica a partir de elementos celulares e moléculas bioativas, que atendam às demandas de saúde planetária, e a instalação de um laboratório para terapia celular humana: “a busca é que os resultados cheguem à população para fazer esse tratamento, e mesmo prevenção, pois trabalhamos muito em promoção de saúde para além do tratamento de doenças”, projetou Falavigna. Mencionando um trabalho conectado tido como inovador, acrescentou que em algumas modalidades o grafeno interage com as células, tornando-as mais ativas e potencialmente mais efetivas por muito mais tempo.
O projeto que visa à Produção de Hidrogênio (H2) e Produtos de Valor Agregado a partir de Resíduos Sólidos Urbanos (RSUs) foi apresentado pela pró-reitora de Pesquisa e Inovação, da UCS, professora Neide Pessin. Desenvolvido em conjunto pela UCS e 32 municípios, propõe converter os RSUs em energia e subprodutos como biochar e bio-óleo, contribuindo para minimizar gases de efeito estufa e efeitos climáticos advindos do aquecimento global. A iniciativa avança e já conquistou Licença Prévia do órgão estadual de proteção ambiental para atividades de pirólise e biodigestão em caráter experimental no aterro Rincão das Flores. “Agora, precisamos conectar toda a sociedade para entregar essa solução altamente sustentável e competitiva”, convidou.
Já o projeto de implementação de um Centro de Diagnóstico e Inovação em Saúde Única agrega iniciativas, estudos e pesquisas no âmbito da saúde humana, animal e ambiental, com amplas potencialidades e o foco em diagnóstico e vigilância epidemiológica molecular de microrganismos associados a doenças infecciosas. “Possíveis futuras pandemias e novos desafios para o nosso Brasil envolvem a saúde única – one health”, disse o coordenador do Programa de Pós-Graduação em Saúde Animal, professor André Felipe Streck. Neste cenário, a UCS já atua em estruturas como o Instituto de Biotecnologia, o Instituto Hospitalar Veterinário e o Hospital Geral, tendo tido relevância acentuada no diagnóstico da Covid-19 durante a pandemia.
Recepção na UCSGRAPHENE
A agenda ocorreu na UCSGRAPHENE, maior ecossistema de inovação voltado à produção, caracterização e aplicação de grafeno em escala industrial da América Latina, onde apresentada aos processos a ministra teve a oportunidade de experienciar “produzir grafeno” ao alimentar e colocar o reator da planta em movimento. “Tecnologia genuinamente brasileira, o que para nós é motivo de orgulho. Todos os equipamentos daqui foram desenvolvidos por nós e por empresas nacionais, e é a única planta que utiliza 100% da matéria-prima brasileira”, contextualizou o coordenador da planta, Diego Piazza. “Toda a cadeia está montada para atender ao mercado brasileiro, à sociedade, principalmente desenvolvendo a tecnologia e gerando benefícios para as mais diversas áreas”, concluiu.
Foto: Bruno Zulian
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