Mulher morre com suspeita de Gripe A H1N1 em Bento

Uma mulher de 38 anos, que morreu na madrugada desta quinta, 12, pode ser o primeiro caso de óbito por Gripe A H1N1 em Bento Gonçalves. Ela foi atendida duas vezes na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), com sintomas de uma forte síndrome gripal. A vítima não fazia parte dos grupos prioritários para a vacina e nem declarou doenças crônicas. Na primeira vez em que procurou a UPA, ela queixava-se de dores na garganta, no pescoço e algumas partes do corpo. Depois da consulta, recebeu uma injeção de medicamentos e foi liberada. Como as dores persistiram, ela foi mais uma vez ao Pronto Atendimento e recebeu outra injeção. Acabou internada no Hospital Tacchini, mas não resistiu e faleceu. Sua identidade não foi divulgada.

A Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde informa que, após o óbito, amostras do sangue da vítima foram enviadas ao laboratório do Estado, responsável pelas confirmações dos casos de H1N1. O coordenador do setor, enfermeiro José da Rosa, acredita que por se tratar de uma morte suspeita, o resultado pode chegar em até 15 dias. “É impossível, apenas com os sintomas e no atendimento clínico, definir qual é o agente causador da síndrome gripal”, explica Rosa. “Devido à grande demanda, atualmente, os exames de laboratório estão sendo feitos para pacientes com quadros gripais que precisam de equipamentos respiratórios e/ou internados na UTI”, completa o coordenador.

José da Rosa também esclarece que pessoas com sintomas de gripe devem ficar afastadas do trabalho ou da escola por pelo menos cinco dias. “Não adiantará receber a vacina depois de estar em contato com alguém que tenha a Gripe A. O melhor tratamento para o vírus da Influenza ainda é o Tamiflu, medicamento que já teve sua eficácia comprovada.” Ele esclarece que, após encubado, o vírus demora até cinco dias para se manifestar. “Já a vacina começará a fazer efeito em cerca de 15 dias”, informa.

O coordenador lembra que em abril, houve dois casos suspeitos de H1N1 no município, sendo um com resultado negativo e outro que o exame não ficou pronto. O primeiro caso sob investigação de maio é o da mulher que faleceu nesta quinta.

 

 

FOTO: Divulgação

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