A Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs) realizou nesta quinta, 30, o 26º Congresso Movergs. O evento, realizado desde 1989, ocorreu no Dall’Onder Grande Hotel, em Bento Gonçalves. Com o tema “Renovação – Atitudes em Busca de Melhores Resultados”, teve a participação de aproximadamente 400 empresários e profissionais ligados à cadeia produtiva do setor moveleiro. Pela manhã, houve palestras com os economistas Marcelo Prado, José Francisco Gonçalves e André Caio. Todos traçaram os cenários político e econômico e projetaram as perspectivas do mercado nacional e internacional. À tarde, o painelista foi o doutor em História Social e comentarista de TV, Leandro Karnal, que falou sobre ética, corrupção e empreendedorismo.
Em seu discurso de abertura, o presidente da Movergs, Volnei Benini, ressaltou a importância do congresso para “provocar a reflexão sobre o momento atual”. “Buscamos um setor moveleiro atuante, crítico, forte, participativo e comprometido”, discursou. “Nossa entidade quer unir para fortalecer e renovar para crescer”, completou Benini.
“Quem planeja, tem futuro, mas quem não planeja só pode esperar o destino”, resumiu Marcelo Prado, o primeiro palestrante. Para ele, a criatividade e a inovação ainda são fundamentais para que a crise seja revertida em qualquer setor. “O mundo está em ebulição constante. É importante que estejamos atentos a tudo que vem ocorrendo, transformando ideias em atitudes”, finalizou.
Já o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco Gonçalves, utilizou gráficos e números para mostrar que as ações do Congresso Nacional e do Governo Federal terão reflexos diretos na economia brasileira. “O mercado internacional está morno e, até, estagnado” informou. “Se o governo de Michel Temer não agir rápido e não souber proteger a economia do Brasil, teremos ainda mais problemas”, resumiu.
Em seguida, o também economista André Caio, diretor comercial e consultor em diversas empresas no país, falou sobre as “perspectivas para o setor varejista de móveis”. Em sua palestra, ele mostrou exemplos do que está se colocando em prática no Brasil para chamar atenção do consumidor. “Este é o momento do ‘marketing para fora da vitrine’ e não de esperar”, ensinou. “É preciso interagir com o cliente em potencial e adaptar-se ao que ele quer e não, aquilo que ‘achamos’ que ele ´precisa”, completou Caio.
O historiador Leandro Karnal abriu seu painel destacando que nunca ganhou tanto dinheiro com palestras como agora, tamanha é a corrupção no Brasil. “Até em Brasília, fui falar sobre esse assunto”, brincou ele, que também é professor, provocando gargalhadas na plateia.
“Falando sério: a ética já não é mais questão de politicamente correto. Agora, ela reflete diretamente no faturamento”, ensinou Karnal. “O bem e o mal são contagiosos. Se o dono da empresa não é ético, seus funcionários também não serão. Se o professor é desonesto, seus alunos também serão”, completou. Para ele, o Brasil vive um momento de reconstrução e muitos já entenderam isso e estão buscando “sair da zona de conforto”. “Só assim para enfrentarmos qualquer percalço no caminho”, finalizou.
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