Por meio de perguntas como “Quem sou?”, “Quem somos?”, “Que nos mantêm sendo quem somos?”, “ Quem não somos?’, que a artista plástica argentina Guadalupe Carrizo investiga em sua primeira exposição individual internacional, ‘Alicerces de algodão’, a simbologia da casa que a permite desenvolver reflexões sobre o conceito de identidade e como essa dialoga com a lógica da construção social.
Guadalupe apresenta em desenhos têxteis uma espécie de calendário solar (urbano e contemporâneo) composto por desenhos infantis, instalação, vídeos e um bordado, que expressam a construção do eu, especialmente das suas origens sociais, do local: “as casas, os bairros, as favelas, todo esse cenário em mutação, está em permanente diálogo, entre o local e o global, com a identidade de cada um”.
E isso reflete nos ‘Alicerces de algodão’ que são suaves e macios, mas de improvável estabilidade e fortaleza. Tanto a casa, como os materiais com os quais trabalha, são metáforas das qualidades da identidade (fragilidade, imperfeição, contingência) que, muitas vezes, configura um sistema de ilusões que naturaliza nosso paradigma civilizatório.
A mostra foi selecionada pelo Edital 01/2017 – Convocação para Exposição, da Fundação Casa das Artes. Segundo Guadalupe, quase todas as peças foram feitas especialmente para a mostra que é um desdobramento do trabalho “Castelos no Ar”, exposto em sua cidade natal.
Serviço
O que: exposição ‘Alicerces de Algodão’, de Guadalupe Carrizo
Período de visitação: de 06 a 30 de novembro
Horário: 8h às 11h45 e das 13h30 às 17h45
Onde: Fundação Casa das Artes – Rua Herny Hugo Dreher, 127, bairro Planalto
Entrada franca
Câmara aprova projeto que dificulta progressão de regime para condenados por crime hediondo
“Zucco pelo Rio Grande” cumpre agenda na Serra com entrega de emendas, encontro com empresários e grande ato em Caxias do Sul
Jovens supermercadistas do país debatem oportunidades para o setor no RS