Desde o último sábado, dia 3, Neusa Antunes Franco, moradora do bairro Ouro Verde, em Bento Gonçalves, está internada no Hospital São Paulo, em Lagoa Vermelha, com um quadro grave de pneumonia, anemia e insuficiência renal. A paciente precisa com urgência de um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital Tacchini, em sua cidade de origem, mas até o momento não foi transferida.
A filha de Neusa, Sabrina, relata a angústia da família diante da demora e das negativas para a transferência. “O Hospital São Paulo já entrou em contato diversas vezes com o Tacchini, mas a resposta é sempre a mesma: não há vaga. Minha mãe é moradora de Bento, tem direito a ser atendida aqui. Nos disseram que, por ser da cidade, o hospital tem obrigação de aceitá-la, mas isso não está acontecendo”, desabafa.
Segundo Sabrina, mesmo após contatos com vereadores, representantes da Secretaria Municipal de Saúde e lideranças políticas locais, a única resposta recebida foi a de que é preciso aguardar pelo sistema estadual de regulação, o Gerint. “Falam que temos que esperar surgir vaga em algum lugar do Estado, mas é difícil acreditar que não tenha sequer um leito disponível”, critica.
Apesar das dificuldades, Sabrina faz questão de reconhecer o empenho dos profissionais do Hospital São Paulo. “Eles estão fazendo de tudo para cuidar da minha mãe da melhor forma. São profissionais de excelência e sou muito grata por isso.”
Procurada pela reportagem, a Secretaria de Saúde de Bento Gonçalves, Daiane Piuco, confirmou que foi acionada pela família da paciente e afirmou ter prestado as orientações necessárias quanto aos trâmites do processo de transferência. Em nota, informou:
“A paciente foi devidamente cadastrada no Gerint, sistema estadual de regulação. Toda e qualquer transferência depende da capacidade instalada dos hospitais e da prioridade clínica de cada caso. A filha foi orientada sobre os fluxos do sistema. A Secretaria reforça que o Hospital Tacchini informou estar com pacientes internados no Pronto-Socorro aguardando leitos. A transferência só poderá ocorrer com liberação via sistema estadual.”
Da mesma forma, a assessoria do hospital informou que a instituição é prestadora de serviços e depende da disponibilidade de leitos livres – contratados pelo município – para receber novos pacientes, que são encaminhados pelo poder público, através do sistema de regulação.
A paciente permanece em Lagoa Vermelha, lutando contra complicações de saúde, enquanto a família segue na espera por um leito que garanta o tratamento intensivo necessário para sua recuperação.
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