Moradora de Cotiporã, Rosa Colpo Picoli celebra 101 anos de vida e de histórias

A comunidade de São Valentim, interior de Cotiporã, foi palco de uma grande celebração no último domingo, dia 28 de setembro, em homenagem aos 101 anos da moradora Rosa Colpo Picoli. O evento iniciou com missa e seguiu com almoço festivo. A festa reuniu familiares e amigos em um momento de gratidão e alegria, celebrando a vida de uma mulher que ajudou a escrever parte da história da comunidade e da região.

Nascida em 22 de setembro de 1924, na Linha Sessenta, município de Dois Lajeados, Rosa é neta de italianos, filha de Pedro Colpo e Lúcia Vejaro. Casou-se em 17 de junho de 1950, no município de Cotiporã, com João Batista Picoli, com quem compartilhou 75 anos de casamento. Viúva há um ano e meio, ela construiu uma vida marcada por trabalho, fé e dedicação à família.

Após o matrimônio, o casal viveu na comunidade de São Valentim e, posteriormente, mudou-se para Fagundes Varela, onde trabalharam em uma serraria movida a água. Oito anos depois, retornaram a São Valentim, dando continuidade ao desdobramento de madeira bruta e à moagem de trigo e milho em engenho e moinho também movidos pela força da água.

Mulher de fibra, Rosa enfrentou o desafio de sustentar a família com múltiplas atividades: confeccionava chapéus e bolsas com palha de trigo, costurava calças masculinas, muitas vezes iluminada apenas pela claridade da lua, já que não havia energia elétrica. Atuou ainda na agricultura, cultivando soja e milho, produziu queijos e exerceu o papel de parteira, sempre com coragem e entrega.

A trajetória do casal também passou por Monte Belo do Sul, onde trabalharam com parreirais, até retornarem a Cotiporã, município onde Rosa reside até hoje. Símbolo de dedicação e exemplo de superação, Rosa Colpo Picoli construiu uma grande família: são 7 filhos, 16 netos e 18 bisnetos que hoje celebram não apenas sua longevidade, mas a história de vida que inspira gerações.

Central de Jornalismo Difusora

Fotos: arquivo pessoal