Ao receber as demandas da Sociedade Gaúcha de Nefrologia, levadas pela senadora Ana Amélia (Progressistas-RS) e pelas lideranças do setor, o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, garantiu que até o final deste mês publicará portaria para reduzir o custo da abertura de clínicas para o atendimentos dos pacientes. O encontro ocorreu na noite desta terça-feira (8), em Brasília.
Além da senadora Ana Amélia, participaram os senadores Eduardo Amorim (PSDB-SE) e Waldemir Moka (PMDB-MS), a diretora do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Gisele Lobato, e a assessora política da entidade, Simone Justo Hahn.
Ao falar sobre as preocupações do setor, Gisele abordou sobre a desassistência aos pacientes e as dificuldades nos pagamentos que afetam e ameaçam o funcionamento de clínicas em todo o Brasil em função dos baixos valores recebidos e da falta de políticas específicas para estimular o setor. No Rio Grande do Sul, recentemente, foram fechadas unidades em Cachoeirinha, Canela, Santa Rosa, Frederico Westphalen, Porto Alegre e São Lourenço.
A diretora revelou dado assustador: no Brasil, houve crescimento de 70% no número de pacientes entre 2007 e 2017, sendo que hoje são mais de 10 milhões de pessoas com doença renal, mas apenas 130 mil em tratamento. Em relação ao custo de uma sessão de hemodiálise pelo SUS e o valor pago pelo Ministério da Saúde, a defasagem é de 29%. Os últimos reajustes da tabela do SUS ficaram abaixo da inflação.
Após ouvir o relato, além de anunciar a portaria para estimular a abertura de novas clínicas, o ministro Gilberto Occhi informou que solicitou ao conselho de secretários de saúde levantamento sobre onde estão as maiores carências desse tipo de atendimento para definir novas ações.
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