Hospital precisa de R$ 15 milhões para conclusão de obras de ampliação e de R$ 8 milhões para cobrir deficit de custeio, enquanto planta industrial será a maior produtora da América Latina de grafeno, material com aplicações em alta tecnologia
A destinação de recursos para a conclusão das obras de ampliação e para o custeio do Hospital Geral; auxílio para implantação de uma unidade de produção de grafeno pela Universidade de Caxias do Sul; e a ampliação em 90 vagas do curso de Medicina, receberam compromisso de apoio do ministro-chefe da Casa Civil do governo federal, Onyx Lorenzoni.
Os pleitos foram feitos pela gestão da Fundação Universidade de Caxias do Sul (FUCS) e da UCS em visita de Onyx ao HG na tarde desta sexta, dia 27. O ministro também revelou que o governo não pretende mudar a lei que garante imunidade tributária sobre a cota patronal previdenciária por parte das instituições de ensino superior – cuja proposta de alteração consta na PEC Paralela à Reforma da Previdência, o que pode acarretar no corte de 4 mil bolsas de ensino na UCS, 100 mil no RS e 725 mil no país.
No encontro, o ministro assistiu a uma apresentação do Projeto Colmeia – referente à produção de grafeno pela UCS – conduzida pelo professor coordenador das pesquisas na área, Diego Piazza. A iniciativa prevê a instalação de um laboratório capaz de produzir 500 kg/ano do material, derivado do carbono, com diversas aplicações em alta tecnologia que são, atualmente, objeto de pesquisa na Universidade, nas áreas de nanotecnologia, tecidos inteligentes, segurança militar, revestimentos avançados e medicina regenerativa.
A UCS já conta com acordos de cooperação com as universidades de Singapura e Mackenzie, de São Paulo, o que implica na produção de grafeno de alta qualidade e know-how para a fabricação em escala industrial, tornando a UCS referência no segmento na América Latina.
Verbas para o HG – Em seguida, o diretor-geral do HG, Sandro Junqueira, apresentou dados da instituição, como o atendimento 100% pelo SUS a 49 municípios da região, contemplando 1 milhão de habitantes, para encaminhar a solicitação de recursos para a conclusão da ampliação.
O projeto contempla o aumento de 70% da área física e de 60% da capacidade assistencial do hospital, criando 128 novos leitos (87 de internação e 41 de UTIs adulto, pediátrica e neonatal). Com isso, o total passa dos atuais 227 para 355 leitos (275 de internação e 80 de UTIs). Com um orçamento total de R$ 39,7 milhões, o projeto ainda carece de R$ 15 milhões para sua conclusão. Pela falta de recursos, a construção está paralisada desde dezembro de 2016.
Além do dinheiro para a obra, o HG necessita de recursos para custeio, visando cobrir um deficit operacional previsto em R$ 8 milhões para este ano. A pretensão da FUCS é o apoio e a liberação, por parte do governo, de emendas ao orçamento da União feitas por deputados da bancada gaúcha na Câmara Federal. Por fim, a Universidade solicitou a aprovação do aumento de 100 para 190 vagas/ano no curso de Medicina.
Compromisso anunciado – Recordando a trajetória como deputado estadual, entre 1995 e 2003, Onyx destacou o reconhecimento à importância do HG desde sua implantação, em 1998, e a defesa do modelo de gestão pela UCS enquanto instituição comunitária. Ao mesmo tempo, ressaltou que a alta qualidade da pesquisa aplicada na Universidade resultou em reconhecimento internacional, gerando iniciativas de alta relevância, como a produção de grafeno.
“Esse projeto é valiosíssimo para o país, porque o avanço em tecnologia é o que queremos para o Brasil. E o HG é um exemplo de sintonia perfeita entre academia e comunidade”. Declarando-se “um fã das universidades comunitárias”, o ministro garantiu compromisso pessoal com as pautas da FUCS. “Levo esses pedidos como uma missão. Quando uma universidade abre linhas de pesquisa em tecnologia e de atuação em saúde como a UCS, nós, governo, só temos uma coisa a fazer: ajudar. E vamos ajudar”, assegurou.
O ministro também foi enfático em anunciar, em entrevista para jornalistas ao final do encontro, a contrariedade do governo ao fim da imunidade de contribuição da cota patronal previdenciária (de 20% sobre a folha de pagamento) pelas instituições de ensino. Se aprovada emenda constante na PEC 133/2019, paralela à Reforma da Previdência, em tramitação no Senado, a cobrança começará a ser feita, o que faria com que as bolsas de estudos oferecidas pelas universidades e faculdades em contrapartida pela imunidade, precisem ser cortadas.
“Nós não vamos mexer na filantropia das instituições comunitárias. Já orientei às nossas lideranças no Congresso para pedirem a retirada desse item da PEC. O terceiro setor tem feito muito pelo país, em saúde e educação e não pretendemos alterar o que vem funcionando bem há muito tempo”, garantiu.
Fonte: UCS
4º Encontro Estadual Pumas e Fora de Série acontece em outubro
Rústica Sesc Caitá em Bento reuniu mais de 500 atletas neste domingo, dia 14
Tacchini Instituto de Pesquisa está com seis estudos com recrutamento de participantes em andamento