A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea, divulgou ainda no começo do mês de outubro, em São Paulo, que em um dos mais recentes resultados da indústria automobilística brasileira, em setembro e no período acumulado do ano, representou retração de 13% nas vendas de veículos novos. Foram 160 mil unidades comercializadas no último mês e 183,9 mil em agosto.
No acumulado no ano, com 1,51 milhão de unidades, a queda foi de 22,8% – em 2015 foram vendidos 1,95 milhão no mesmo período.
Bento Gonçalves tem índice projetado de retração de 20%
Conforme Maikel Invernizzi, gerente de vendas da Panambra no município, “números que se apresentavam em outros anos, neste ano estão bem diferentes. Por isto ter condições de taxas de juros para ter um gatilho de vendas é um destaque”, mencionou.
Ele acredita ainda que o público comprador de carros 0km também faz parte de um grupo de pessoas “que também possui um grau de endividamento”.
Entretanto, Invernizzi diz que os veículos seminovos e usados registraram aumento de procura.
A gerente comercial da empresa DRSul Veículos, Perla Conradthk , diz que o setor foi “esmagado pela crise. As concessionárias não estavam preparadas para uma retração tão grande”. Ela cita pesquisas feitas pela Fenabrave ( Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) que demonstram que o mercado caiu de 40 a 50%.
Sobre o oferecido para os clientes em época de ‘vagas magras’, afirmou que “tivemos que renascer. Hoje o mercado não é comprador, então há uma grande necessidade de que todas as concessionárias se reestruturem”, mencionou.
Mesmo com retração, frota cresce em Bento
Bento Gonçalves encerrou o ano de 2015 com 79.923 veículos registrados. Até setembro deste ano, conforme informações do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) a frota total na Capital do Vinho aumentou para 80.661 veículos (entre automóveis, motocicletas, motonetas, caminhões, camionetas, ônibus etc).
O secretário de Gestão Integrada e Mobilidade Urbana – SEGIMU, Vanderlei Alves de Mesquita, entende que uma das razões do crescimento da frota, embora uma retração no mercado de veículos, deve-se ao “poder aquisitivo da grande maioria das pessoas que compram veículos, com financiamentos e recursos próprios”, disse.
Mais veículos nas ruas e o desafio diário no setor de Mobilidade Urbana é reforçado. “Estamos pensando em mudanças para melhorar, mudando tempo de sinaleira, mudando vias, só que muitas vezes isto se torna paliativo em função do número de veículos”, avaliou o Mesquita.
Fonte: Central de Jornalismo da Difusora
*Participação dos repórteres Nei Vignatti e Bruna Maria de Moura
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