Apesar do tom não tão otimista quando a implantação do campus da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) a curto prazo na Serra, quando o reitor da instituição Rui Vicente Oppermann, informou haver uma revisão na política de expansão das Universidades, os prefeitos da Amesne (Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste – que corresponde a 32 municípios) entendem que 2017 deva ser um ano de avanços para a execução do projeto.
O ex-prefeito de Vista Alegre do Prata, e presidente da Amesne até abril, Ricardo Bidese, lembrou de um encontro já realizado com o ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, bem como representantes do MEC (Ministério da Educação), quando ocorreu a apresentação da posição da entidade.
“Não vai ser por algumas palavras não tão bem colocadas que a gente vai desistir da peleia. Acho que já tivemos em Brasília e imagino que a próxima etapa é uma visita de uma Comissão com o reitor. A gente vai ter no mínimo que falar a mesma língua”, afirmou Bidese.
Em fevereiro de 2015 em Assembleia na cidade de Nova Pádua, os prefeitos da Amesne decidiram em maioria absoluta o local para instalação do campus Serra da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Trata-se de uma área no Vale dos Vinhedos, entre os bairros Borghetto e Garibaldina, entre Bento Gonçalves e Garibaldi, pertencente a Embrapa Uva e Vinho.
Oppermann, por sua vez, chegou a informar que trata-se de um projeto de sua gestão, mas que a localização não será definida em 2017. Esta é a discordância da Amesne. “Não podemos discutir novamente o tema do local, isto é desgastante”, acrescentou o presidente.
O prefeito de Bento Gonçalves, Guilherme Pasin, e o prefeito de Garibaldi, Antônio Cettolin, são dois dos prefeitos que integram a Comissão do Campus Serra Gaúcha da UFRGS da Amesne. Ambos afirmaram da necessidade de continuar a defesa do projeto educacional para a região em 2017 e que o mesmo saia do papel.
Até mesmo com a negativa do reitor em definir a localização neste ano, mesmo com o apontamento da Associação dos Prefeitos propondo a área no Vale dos Vinhedos (o terreno da Embrapa Uva e Vinho está localizado a 5km de Garibaldi, 8km de Bento Gonçalves, 10km de Carlos Barbosa, 10km de Monte Belo do Sul, 35km de Farroupilha e 60km de Caxias do Sul), Pasin diz “que temos um tempo precioso para trabalhar politicamente e ativamente junto a UFRGS”.
O prefeito não vê como ‘um balde de água fria’, e lembra do “grupo constituído onde a Universidade pediu o suporte para a definição da área. A Amesne definiu por sua grande maioria o local adequado por estar no meio da nossa região”, acrescentou Pasin.
Antônio Cettolin também reiterou a já definição do local. “Para a Amesne isto é assunto passado. Isto só divide e não queremos polêmica. Inclusive temos na LDO 2017 um recurso para iniciar a pavimentação e alargamento. O terreno está disponível sem gasto para a Universidade”, comentou o prefeito de Garibaldi, referindo-se a intervenção na área da Embrapa que já estão previstas.
O fato do reitor da UFRGS garantir o projeto em seu mandato, que encerra em 2020, na visão de Cettolin “é bom porque fecha com os mandatos dos prefeitos”.
O reitor da Universidade chegou a dizer em entrevista para Rádio Difusora que “primeiro temos que ter orçamento e recursos de pessoal”.
Fonte: Felipe Machado – Central de Jornalismo da Difusora
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