Mais de 2 mil Prefeituras do País deixaram dívidas para novas gestões

Em entrevista ao programa Fantástico da Rede Globo deste domingo, 1º de janeiro, o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, falou sobre a situação de falta de recursos em caixa que atinge as prefeituras brasileiras. “Os resultados do primeiro semestre de 2016 apontam que 48% das Prefeituras no Brasil estão no vermelho, ou seja, estão gastando mais do que arrecadam. Na nossa intuição e avaliação, isso deve ter aumentado mais no segundo semestre”, alertou.

O levantamento da entidade mostra que 47,3% dos gestores que responderam ao estudo acabaram deixando restos a pagar para quem assume agora. Além disso, 676 prefeituras, quase 15%, não conseguiram pagar o salário dos funcionários no mês de dezembro. E 51% dos prefeitos destacaram que estão devendo fornecedores, com atrasos que chegam a oito meses.

A pesquisa da CNM foi realizada entre novembro e dezembro e ouviu de 5.568 Prefeituras no País, no total, 4.376. Destas, 2.068 afirmaram que deixarão dívidas para a gestão que assumiu em 1º de janeiro.

Diante disso, os novos gestores já tomam posse sob aperto e com preocupações financeiras imediatas. A reportagem ressaltou que um dos principais motivos para esse cenário é a recessão, que provocou uma grande queda na arrecadação de impostos, além da falta de envio de recursos previstos por parte do governo federal aos Municípios.

Em Bento Gonçalves, por exemplo, 60% do 13º salário ainda não foi pago, o que deverá ocorrer segundo estimativas da Prefeitura, até 13 de dezembro. O valor equivale a R$ 11 milhões.

O prefeito eleito de Porto Alegre,  Nelson Marchezan Júnior, anunciou nesta segunda-feira, 2, a suspensão por 90 dias de pagamentos de despesas do exercício de 2016 e anteriores, para a realização de um mapeamento completo e definição da forma de quitação dos valores.

Fonte: Central de Jornalismo da Difusora com informações da CNM

 

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