Mais de 1,5 mil pessoas participam da abertura do Jubileu 2025 na Diocese de Caxias do Sul

Com o tema “Peregrinos da Esperança”, o Ano Santo recorda os 2025 anos da encarnação de Jesus; em comunhão com as dioceses de todo o mundo, a programação foi realizada no final da tarde do domingo, 29 de dezembro, presidida por Dom José Gislon

No dia em que a Igreja Católica celebrou a festa litúrgica da Sagrada Família, 29 de dezembro de 2024, em comunhão com todas as dioceses do mundo, a pedido do Papa Francisco, a Diocese de Caxias do Sul abriu o Jubileu 2025. Com o tema “Peregrinos da Esperança”, o Ano Santo, que é realizado de 25 em 25 anos, recorda os 2025 anos do nascimento de Jesus Cristo e se estende até 28 de dezembro de 2025.

As atividades do Ano Jubilar tiveram início em Roma no dia 24 de dezembro, com a abertura da Porta Santa na Basílica de São Pedro. Nas demais dioceses do mundo, o Santo Padre determinou, na bula de convocação intitulada “Spes non confundit”, ou seja, “A esperança não engana” (Rm 5,5), que a abertura fosse no dia 29 de dezembro.

Na Diocese de Caxias do Sul, a programação teve início, às 18h, na Paróquia São Pelegrino, com o rito de abertura do Ano Santo, presidido por Dom José Gislon. Na mesma bula de proclamação, o Papa Francisco pediu que a celebração desse destaque a uma cruz que fosse significativa para a região, que deveria acompanhar a peregrinação feita de uma igreja próxima até a Catedral e na Igreja-Mãe da Diocese fosse colocada em lugar de destaque durante todo o Jubileu.

E assim aconteceu: depois do rito de abertura, mais de 1,5 mil fiéis saíram em peregrinação seguindo uma cruz datada de 1892. O crucifixo foi trazido pelos padres palotinos que atendiam a Colônia Caxias e a Igreja Matriz de Santa Teresa, até a Catedral Diocesana de Santa Teresa D’Ávila. Na porta foi realizada a saudação à cruz e a entrada solene de todo o povo na Igreja-Mãe da Diocese, onde aconteceu o rito da aspersão, recordando o Batismo, porta de entrada na vida de fé.

Com a entrada do povo de Deus na Catedral, a celebração seguiu o rito da Santa Missa da festa da Sagrada Família, que foi presidida por Dom José Gislon. O bispo emérito, Dom Alessandro Ruffinoni e um grande número de padres do clero secular e do clero religioso concelebraram a Eucaristia.

Durante a homilia, Dom José Gislon falou da importância do Ano Santo. “O Jubileu nos oferece experiências vivas do amor de Deus, e faz nascer nos corações a certeza e a esperança da salvação de Cristo. Esse tempo particular da graça que acontece a cada 25 anos, é dedicado à esperança. Portanto, hoje está sendo aberto o Jubileu da Esperança, porque Cristo, nossa esperança, não nos engana, nem nos decepciona”.

“Temos necessidade de nos abandonarmos na esperança para testemunhamos de modo credível e atraente a fé e o amor que levamos no coração para que a fé seja alegre e a caridade entusiasta”, seguiu Dom José.

Para a irmã Maria das Graças, religiosa da congregação das Irmãs de São José, o Jubileu não é só para renovar a fé, mas também buscar dentro de si essa esperança tão esquecida, tão amortecida por maldades, por tantos desastres ambientais. Ela ainda afirma que esse momento é rico e privilegiado de bênçãos: “Esse momento é rico e privilegiado de bênçãos e graças para toda a Igreja, para todo povo, aquele que crê, e para aquele que não crê. O nosso testemunho de participar, de cantar e louvar já expressa que todos nós estamos carentes e precisamos renovar a nossa esperança. Com certeza, 2025 será um ano abençoado como o Papa já pronunciou e nós já estamos testemunhando”.

Já para a moradora de Caxias do Sul, Andréia Cassol Luvizon, a peregrinação retratou a emoção de caminhar, como povo de Deus, tendo uma esperança concreta à frente: Jesus Cristo. “Foi bem emocionante ter saído da igreja São Peregrino. Esse ano é um tempo especial para que rezemos mais, estejamos mais em contato com Deus, rezemos muito pela paz no mundo, pela conversão das pessoas, pelas vocações e que esse Jubileu seja de muitas graças”.

O objetivo central do Ano Santo é a conversão pessoal. A cada Jubileu, a Igreja Católica possibilita a vivência de momentos de oração e peregrinação, pessoal ou em grupo, para ajudar os fiéis nesse caminho de fortalecer a comunhão com Deus e com os irmãos. Na bula Spes non confundit, o Papa Francisco pede o Jubileu dos Peregrinos da Esperança seja vivido de forma intensa.

Ao final da Missa, o vigário geral e coordenador de Pastoral da Diocese de Caxias do Sul, padre Leonardo Inácio Pereira, anunciou que o Jubileu de 2025 pode ser vivido de forma intensa na Diocese. Conforme proposta da Coordenação de Pastoral, Dom José Gislon, determinou sete igrejas como locais de peregrinação para os fiéis. Elas estão localizadas nas sete Regiões de Pastoral, permitindo que o povo de Deus possa peregrinar.

Na Missa, cada um dos sete locais recebeu um banner e uma vela, que serão sinais do Jubileu 2025. Ao longo do ano de 2025, a proposta é que diversos grupos, como ministros, catequistas, zeladoras, dentre outros, possam celebrar o Jubileu dos Peregrinos da Esperança nas diversas regiões, conforme segue:

1 – Catedral Diocesana de Caxias do Sul
2 – Santuário Diocesano de Nossa Senhora de Caravaggio, em Farroupilha
3 – Santuário Diocesano de Santo Antônio, em Bento Gonçalves
4 – Igreja Matriz São João Batista e Santuário de Nossa Senhora Aparecida, em Nova Prata
5 – Igreja Matriz da Paróquia São João Batista, de Daltro Filho, município de Imigrante, região pastoral de Garibaldi
6 – Igreja Matriz da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, município de Antônio Prado, região pastoral de Flores da Cunha
7 – Igreja Matriz da Paróquia São Francisco de Paula, município e região pastoral de São Francisco de Paula

Após a bênção solene de Dom José Gislon, um gesto foi motivado pelo pároco da Catedral Diocesana, padre Volnei Vanassi: a celebração foi concluída com o convite para que os fiéis dessem um abraço a quem estivesse ao seu lado e desejassem um “feliz Ano Santo”.
Com informações e texto de Angélica Stefanski/Pascom da Paróquia Sagrado Coração de Jesus – Farroupilha e fotos de Aline Bortolini/Pascom da Paróquia São Marcos – Marcorama e Daniel Schüür/Pascom da Paróquia São Pelegrino
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