Ação ocorreu no último sábado (7), com o intuito de conscientizar a comunidade sobre os cuidados para evitar o vírus
No dia 1º de dezembro, foi lembrado o Dia Mundial da Luta contra a AIDS. Para marcar a data e conscientizar a população sobre os cuidados e evitar a desinformação, no último sábado (7), as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do município estiveram abertas realizando de testagem rápida de HIV, Sífilis, Hepatite B e C. A ação ocorreu das 8h às 12 horas. Ao total, ao longo da manhã foram 57 pessoas testadas entre todas as unidades de saúde.
Essa foi apenas uma das ações realizadas pela pelo SAE/CTA, Serviço de Atendimento Especializado e Centro de Testagem e Aconselhamento, setor da Secretaria Municipal de Saúde, que presta assistência permanente às pessoas portadoras de HIV/AIDS, Hepatites Virais, Tuberculose e Hanseníase. A proposta do CTA é a realização do aconselhamento para realização dos testes rápidos a fim esclarecer dúvidas sobre as Infecções Sexualmente Transmissíveis.
A coordenadora do SAE/CTA, enfermeira Adriana Cirolini, destaca que “as nossas equipes realizaram uma importante ação, que, sem dúvidas, foi importante. Além disso, as unidades de saúde estão sempre realizando atendimentos voltados a essa finalidade, dando todo o suporte necessário aos pacientes ou quem deseja tirar dúvidas”.
A secretária de Saúde Daiane Piuco comenta que “os profissionais de saúde são capacitados para orientação e interpretação dos resultados a fim de proporcionar diagnóstico preciso e confiável, adiantando o processo de tratamento em relação aos testes com resultados positivos. Bento tem um trabalho exemplar neste sentido”.
Aumento do número de casos no município
A Vigilância Epidemiológica da Secretaria da Saúde divulgou os números relacionados a contaminação por HIV no município.
Desde o início da epidemia da AIDS na década de 1980, o número de pessoas infectadas pelo HIV, bem como, a incidência dos casos no município têm crescido progressivamente. Em relação à faixa etária, para os casos de HIV/AIDS, a concentração do maior número de casos está dos 20 aos 39 anos. O aumento, no entanto, acomete todas as idades, incluindo 60 anos ou mais.
Quanto ao gênero, a distribuição dos casos de HIV/AIDS está dividida. Referente ao total de casos, 60% é do sexo masculino e 40% do sexo feminino. E a orientação sexual, do total de casos, 78% heterossexual.
Conforme dados da Vigilância Epidemiológica, o número de doentes de AIDS (diagnóstico tardio, geralmente com doenças oportunistas) cresceu continuamente entre as décadas: anos de 1990-1999, com 19 casos; nos anos de 2000-2009 houve um crescimento com 242 casos e, nos anos de 2010-2019, a 275 casos notificados.
A incidência média da doença permaneceu estável nas décadas de 2000-2009. E, nos primeiros anos desta nova década (2020-2024), a incidência dos casos de AIDS, reduziu de 62,9% (com 9 casos por 100.000 habitantes).
Já os casos de HIV (diagnóstico recente, sem complicações ou doenças oportunistas) no município são de 146 casos, de 2010 a 2019. Já nestes últimos cinco anos (2020 – 2024), são 136 casos.
Considerando o período de 1986 até novembro de 2024, foram diagnosticados 595 casos novos de AIDS e 282 casos de infecção pelo HIV, somando um total de 877 pacientes.
Transmissão vertical
Em relação à transmissão vertical (da mãe para o filho), não há mais transmissão do vírus HIV para as crianças, desde 2005, devido ao tratamento adequado na gestação, no parto e evitando amamentação (há entrega de fórmula infantil a esta criança).
Esses cuidados reduziram e mantém em zero os casos de crianças com diagnóstico positivo para o HIV.
Em 2023 o município recebeu a Certificação da Eliminação da Transmissão Vertical, em consonância com os critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).
Formas de prevenção
Além do uso de preservativo, é trabalhado também com a prevenção combinada, que além da camisinha, tem a oferta dos testes rápidos, tratamento adequado do diagnóstico das outras ISTs, entre outras.
O Ministério da Saúde define como prevenção combinada como estratégia de intervenções, aplicadas no nível dos indivíduos, de suas relações e dos grupos sociais a que pertencem, mediante ações que leve em consideração as necessidades e especificidades e as formas de transmissão do vírus HIV.
Existem também as intervenções biomédicas, como a profilaxia pós-exposição (PEP) e a pré-exposição (PREP). Ambas as situações podem ser atendidas no serviço público como no privado.
A PEP deve iniciar até 72 horas após a exposição, com duração de 28 dias de tratamento. Já a PREP, é uso contínuo, o usuário define o tempo de tratamento. Mas deverá ter rigor nas consultas médicas e exames anti-HIV.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social Prefeitura
Foto: Rodrigo De Marco
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