Durante o mês de julho, entidade fará a coleta do exame citopatológico em colaboradoras de empresas interessadas no município
A preocupação sempre constante com a saúde feminina motiva a campanha preventiva que a Liga de Combate ao Câncer de Bento Gonçalves coloca em prática nesse mês de julho. A entidade concentrará esforços para conscientizar as mulheres acerca da importância da prevenção dos cânceres ginecológicos. A proposta é disseminar informação e atuar na prática. Isso porque a Liga fará, junto às empresas locais interessadas, a coleta do exame citopatológico em colaboradoras – em parceria firmada com um laboratório de patologia.
Esse exame é um teste realizado para detectar alterações nas células do colo do útero que possam predizer a presença de lesões precursoras do câncer. Além do órgão, vagina e vulva, endométrio, trompas e ovários são os principais locais do sistema genital feminino que podem gerar proliferação tumoral.
A Liga conduzirá a ação diretamente nas empresas, respeitando todos os cuidados de higiene e com o auxílio de uma enfermeira especializada no ambulatório do local ou em estrutura adaptada. Com as coletas em mãos, o laboratório parceiro encaminha as análises e a entidade faz a devolutiva para as mulheres – orientando, conforme a necessidade, para buscar tratamento.
“Nosso intuito consiste em estarmos sempre presentes na sociedade para informar, alertar e oferecer suporte às pessoas acometidas pelo câncer. O trabalho da Liga começa bem antes do diagnóstico da doença. Por isso, essa ação de prevenção é de extrema importância para que possamos monitorar a saúde das mulheres e, caso necessário, encaminharmos o quanto antes para o tratamento adequado”, comenta a presidente da entidade, Maria Lúcia Severa.
As empresas interessadas no serviço devem contatar a Liga de Combate ao Câncer de Bento Gonçalves pelo telefone (54) 3451-4233, e-mail contato@ligaccbg.com.br ou por meio do site www.ligaccbg.com.br.
Para entender a importância da prevenção
A convite da Liga, a médica ginecologista Cidia Mazzoccato alerta sobre os fatores de risco para o desenvolvimento dessas doenças e a consequente necessidade de prevenção. “Os tumores do trato genital inferior (colo uterino, vagina e vulva) são, na sua maioria, acusados pela contaminação pelo vírus do HPV, adquirido, principalmente, pela transmissão sexual sem proteção. O tabagismo também é fator de risco para este tipo de câncer”, explica.
Cidia ainda elenca como fatores iminentes os tumores de endométrio (membrana que reveste o útero internamente), que podem ter uma origem hereditária; síndrome de ovários policísticos não tratada; sedentarismo; obesidade; e diabetes. “Quanto aos tumores de ovário, sabe-se que a idade é um importante fator de risco, sendo mais comum após os 60 anos, embora não sejam raros antes desta idade. A obesidade, ingestão de gorduras e mulheres que não engravidaram e, principalmente, com histórico familiar de câncer de ovário estão mais sujeitas à doença”, destaca.
Dentre todos os cânceres que acometem as mulheres, o de colo uterino figura em terceiro lugar, com mais de 16 mil casos diagnosticados em 2020 – o de endométrio e ovário têm uma incidência um pouco menor, com cerca de seis mil mulheres acometidas cada no ano anterior.
Diante disso, a médica reforça que é preciso prestar atenção aos principais sintomas: no caso dos tumores de colo de útero e vagina, deve-se atentar para sinais como corrimento aumentado persistente, sangramento após a relação sexual e alterações no exame de Papanicolau; já nos tumores de vulva, podem ocorrer feridas e manchas na pele, além de coceira persistente; quanto aos de ovário, os sintomas são mais inespecíficos, geralmente manifestando dores em baixo do ventre, dor na relação sexual, perda importante de peso e alterações intestinais; sangramento após a menopausa ou sangramento abundante irregular podem ser sintomas do câncer de endométrio.
Como prevenir e tratar
Atestando a iniciava da Liga de Combate ao Câncer de oferecer os exames citopatológicos, Cidia enfatiza que, assim como em outras doenças, boa alimentação, atividade física regular e evitar tabagismo e álcool são fatores protetores contra os cânceres ginecológicos, mas o diagnóstico precoce oriundo dos exames fazem toda a diferença no tratamento de possíveis lesões tumorais. “De forma mais precisa, o exame de Papanicolau, a vacinação contra o HPV, indicada para mulheres dos 9 aos 49 anos, e o uso de preservativos são as melhores medidas para prevenção do câncer de colo uterino e vagina. Além disso, procurar atendimento especializado quando aparecerem sintomas e fazer exames como ecografia, de sangue ou biópsias podem diagnosticar precocemente e permitir tratamentos menos agressivos”, pontua.
Sobre os tratamentos disponíveis, a médica diz que eles variam de acordo com o estágio do diagnóstico. “Quando os tumores são detectamos na sua fase inicial, o tratamento cirúrgico já elimina o tumor. Nos casos com maior tempo de evolução ou maior agressividade tumoral, indica-se, além do tratamento cirúrgico, rádio e/ou quimioterapia”, reforça.
Fonte: Exata Comunicação e Eventos
Foto: Reprodução
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