O governador Eduardo Leite participou, nesta segunda-feira, 15, de reunião virtual da Comissão Temporária Covid-19 do Senado Federal. O encontro foi transmitido pelo canal do Senado no YouTube e contou com a participação de diversos governadores.
“O Senado da República é um espaço muito importante neste momento para que possamos buscar e promover o alinhamento de ações, a coordenação da qual o país precisa no enfrentamento à pandemia. Essa nação não é o governo, somos todos nós, e o Senado tem essa função de ser a casa da federação, e tem toda a legitimidade para ajudar a promover uma melhor interação entre os Estados”, destacou o governador.
Leite apresentou um panorama sobre a situação do coronavírus no Rio Grande do Sul. Nas últimas semanas, a taxa de ocupação de leitos de UTI no Estado ficou acima dos 100%. Nos próximos dias, o Rio Grande do Sul abrirá mais 183 leitos de UTI adulto SUS. O acréscimo fará com que a ampliação da capacidade hospitalar da rede pública estadual chegue a 157% – de 933 leitos em março de 2020 para 2.397 em março de 2021.
“A escalada de casos que estamos observando desde o começo de fevereiro é cinco vezes maior, mais agressiva, do que vimos nas outras duas ondas (no inverno e em meados de novembro). Fizemos uma expansão e já são mais de 2,3 mil leitos de UTI SUS, mas nenhum país no mundo venceu o coronavírus apenas com aumento de leitos, nem os mais ricos e robustos. Todos tiveram de adotar um tipo de distanciamento”, destacou.
Para o governador, até que haja doses suficientes de vacinas para imunizar a população, o distanciamento se impõe. “O país precisa ver suportes de mecanismo de mitigação dos efeitos econômicos, e aí entra a questão do auxílio emergencial, de modo a reduzir essa tensão que estamos enfrentando na ponta, os governadores e os prefeitos”, disse.
Leite também fez um apelo ao Senado para que ajudem na articulação internacional. “O Senado pode nos ajudar a exigir que o país se articule internacionalmente para adiantar a entrega de vacinas. Não adianta só comprar vacinas que vão chegar em outubro ou novembro, precisamos agilizar o cronograma e, para isso, é preciso contar com a solidariedade de organismos internacionais”, reforçou.
Especialistas apontam que, caso o Brasil siga vacinando a população apenas em pequenos grupos em uma velocidade lenta, isso pode fornecer uma oportunidade ao vírus para se fortalecer e se tornar mais resistente.
Fonte: Governo do Estado
Foto: Felipe Dalla Valle/Palácio Piratini
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