A 5ª Vara Federal de Caxias do Sul realiza, na segunda-feira (26/3), as audiências de instrução processual envolvendo a ação que investiga suposta associação de sete pessoas para tráfico internacional de drogas. O líder do grupo seria o brasileiro Jarvis Chimenes Pavão extraditado em dezembro e atualmente recolhido ao Presídio Federal de Mossoró (RN). O processo é baseado na investigação policial denominada Operação Coroa.
Ao longo da tarde, o juiz federal substituto Rafael Farinatti Aymone ouvirá as testemunhas arroladas pela acusação e pelas defesas e também interrogará os réus. As audiências serão realizadas de forma presencial na sede da instituição em Caxias do Sul e por videoconferência com os municípios de Bento Gonçalves e Porto Alegre (RS), Cascavel, Curitiba e Foz de Iguaçu (PR) e com o Presídio Federal de Mossoró.
Acusação
Em novembro de 2017, o Ministério Público Federal (MPF) ingressou com a denúncia contra sete pessoas alegando que elas se associaram para praticar reiteradamente o tráfico internacional drogas, principalmente, cocaína, originária do Paraguai e destinada a Serra Gaúcha. Destacou que o chefe seria Jarvis Pavão que, mesmo preso no Paraguai na época, adquiria o entorpecente produzido nos países andinos para fornecê-los ao demais integrantes do grupo, que residem no Brasil. Três deles coordenavam as atividades da organização em território nacional e os outros dois eram responsáveis pelo transporte da mercadoria ilícita.
O autor sustentou ainda que Pavão seria um dos maiores narcotraficantes da América Latina e que utilizava suas fazendas localizadas no Paraguai para receber os carregamentos de cocaína dos países produtores para, posteriormente, serem encaminhados para o Brasil, a Europa e os Estados Unidos. Ele ainda atuaria prestando auxílio, apoio e proteção a seus associados, providenciando inclusive advogado de defesa quando fosse necessário.
A denúncia foi recebida em março deste ano, já que o magistrado aguardou a conclusão do processo de extradição do réu Pavão para notificá-lo para apresentar defesa prévia. A medida foi adotada para conferir maior celeridade ao ato e evitar despesas com tradução de documentos e outros procedimentos junto à Cooperação Jurídica Internacional em Matéria Penal. Os sete réus respondem por crimes de tráfico internacional e associação para o tráfico.
Operação Coroa
A Polícia Federal deflagrou a Operação Coroa em agosto de 2017 com objetivo de desarticular grupo criminoso responsável pela distribuição de drogas no Rio Grande do Sul e no Mato Grosso do Sul. Os agentes cumpriram sete mandados de prisão preventiva e nove, de busca e apreensão nas cidades de Caxias do Sul e Ponta Porá (MS), e em Assunção, no Paraguai. A Operação foi denominada de Coroa em razão da admiração que um dos investigados tem por esse objeto, o que inclui uma tatuagem.
Fonte: Justiça Federal
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