Jovem talento da arquitetura gaúcha cria projetos com foco na neuroarquitetura e na biofilia

Micael Salvi, de 25 anos, é o mais jovem entre os profissionais que participaram das Mostras EliteDesign, em Porto Alegre, Conecta Decor, em Caxias do Sul

O trabalho do arquiteto barbosense Micael Salvi tem caído nas graças de personalidades da Região Sul do país pela autenticidade e combinação de materiais fora do tradicional. “Em um dos meus projetos mais recentes usei combinações não muito usuais, mas que geraram um resultado único, elegante e acolhedor”, afirma o arquiteto. As sensações são componente importante de suas entregas, inspiradas nas memórias afetivas dos clientes.

Diante da pandemia e do maior tempo de permanência em casa, a neuroarquitetura tem ganhado cada vez mais espaço no Brasil e é diretriz do trabalho de Micael. “Salas e quartos podem ser criados para reduzir a ansiedade. Um exemplo de proposta é a presença da natureza nos ambientes. Há diversos estudos que demonstram que o verde, por exemplo, melhora a saúde mental e o desempenho em atividades cotidianas”, conclui ele.

Na EliteDesign, mostra de Arquitetura, Design de Interiores e Paisagismo, realizada em Porto Alegre e encerrada recentemente, Micael assinou um projeto inspirado em seu esporte favorito: o futebol americano. Para a exposição, que ocorreu no mesmo período do NFL, principal campeonato da liga esportiva profissional de futebol americano dos Estados Unidos, Micael preparou um closet de atleta. O espaço retratou a vida dos homens que têm uma rotina dividida entre trabalho e esporte. “Partimos do conceito das grandes edificações clássicas da história, e criamos uma simetria de elementos. Buscamos representar lofts americanos por meio da rusticidade de alguns materiais, de coloração mais sóbria, marcante e estilo industrial marcado pelas estruturas metálicas”, explicou o arquiteto.

Já na exposição de Caxias do Sul, encerrada no fim de outubro, Micael assinou um espaço relax. O projeto retratou um spa com elementos orgânicos e circulares que remetem ao acolhimento. “A materialidade da palha natural, juntamente com a madeira e linho, trazem aquecimento e aconchego ao ambiente. Com as texturas dos materiais e da vegetação, usamos a estratégia de biofilia, ou amor à vida, para criar memórias afetivas e conforto ao local”, disse.

Micael Salvi é graduado pela Universidade do Vale do Taquari, especialista em arquitetura comercial pelo Instituto de Pós-Graduação do Rio Grande do Sul e mestrando em projetos de Arquitetura e Urbanismo pela Fundação Universitária Iberoamericana. Seu escritório está localizado na cidade de Carlos Barbosa, na serra gaúcha.

Fonte: Aurora Comunicação

Foto: Arquivo pessoal

(KPJ)

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