IV Encontro Restaurativo reforça os ideais da cultura de paz em Bento Gonçalves

No ano de 2024, por meio das buscas ativas, praticamente nenhum aluno esteve fora da escola

Nesta quinta-feira (21), ocorreu nas dependências da Casa Rigo o IV Encontro Restaurativo. O tradicional de evento de fim de ano é a culminância dos trabalhos realizados em educandários, promovendo a cultura de paz com uma metodologia envolvendo a empatia, a escuta e o diálogo, reafirmando e reforçando os pilares essenciais para uma convivência pacífica: a cultura de paz.

Estiveram presentes diretoras, vice-diretoras, orientadoras pedagógicas e supervisoras educacionais dos 48 educandários da rede pública de ensino, assim como, a Secretária de Educação Adriane Zori, a coordenadora pedagógica da SMED, Adriana Razia, o promotor Élcio Resmini, a técnica do Ministério Público, Vanda Maria Gomes Meneses, e as conselheiras tutelares Simone Lunelli, Silvana Lima, Solange Balestreri e Angélica da Silva Lacerda.

A Central de Orientação Restaurativa de Bento Gonçalves está alocada no Ministério Público sob a coordenação das instrutoras e facilitadoras dos Círculos de Construção de Paz, Marlisete Alessi e Vanisa Marconi. Em 2024, foram realizadas buscas ativas onde praticamente nenhum aluno esteve fora da escola; formação de facilitadores de Círculos de Construção de Paz que totalizou aproximadamente 70 profissionais; formação para monitores e cuidadores com Vivências Restaurativas; realização de círculos menos e mais complexos com a participação de 2.170 pessoas; entre outras atividades.

O promotor Élcio Resmini realizou uma palestra abordando uma retrospectiva da Justiça Restaurativa em Bento Gonçalves. “Falamos do programa municipal instituído por uma lei em 2015, mas que tem raízes anteriores a essa data. São projetos de pacificação dentro das escolas, promovendo a cultura de paz; são projetos que ao longo do tempo veio sendo fortalecidos através desses movimentos que fizemos. Ainda, através da formação de educadores e professores, as situações pudessem ser resolvidas dentro das escolas e hoje temos bons resultados”.

A diretora da EMI Mamãe Coruja, Eridiane Aparecida, relata a importância da Justiça Restaurativa para sua instituição de ensino. “Falando abertamente: todo apoio da Justiça Restaurativa é muito válido. Não só para minha escola, mas para todas as instituições. Porque a gente é acolhida, as crianças e as famílias são acolhidas, e é de uma forma tão única das profissionais desse setor que a gente se sente protegido, seguro. Nós somos ouvidas, explana as nossas angústias como crianças que perde um pouco do contato com a família, sofre de negligência familiar, de vulnerabilidade. Com esse olhar da Justiça Restaurativa conseguimos fazer um trabalho melhor”.

Vanisa Marconi destaca o dado que neste ano de 2024 praticamente nenhum aluno esteve fora da escola. “É um trabalho empreendido pela busca ativa e em rede, que envolve áreas da Assistência Social, da Saúde, Conselho Tutelar, Ministério Público, além de aproximar cada vez mais a família desses alunos perto da escola, da comunidade”.

Marlisete Alessi ressalta sobre os impactos positivos da Justiça Restaurativa. “Para nós, esse trabalho significa a vida nas nossas escolas. Significa a empatia de um ano em que fomos plantando essas sementes de amor e nesse momento acreditamos que esteja realmente dando frutos. As nossas crianças e adolescentes são o verdadeiro sentido para Bento Gonçalves e estão sendo cuidados por profissionais que sabem o que é necessário para dar continuidade a esse trabalho pleno de empatia”.

A Secretária de Educação Adriane Zorzi expressa sobre o trabalho exitoso e coletivo da cultura de paz. “Essa caminhada da Justiça Restaurativa é um trabalho de muitas pessoas que colocaram seus corações e que tem feito a diferença nas relações nas escolas, nas famílias, pois esse trabalho tem reverberado em todos os espaços da rede municipal de educação: a acolhida, a resolução de conflitos e o apoio para todas as crianças e profissionais de nossos educandários. A Justiça Restaurativa tem feito a diferença na formação de alunos, onde podemos desenvolver um canal de comunicação não violento e pleno de vivências significativas”.

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