Apenas as compras industriais subiram (1,6%) entre abril e maio nos seis indicadores avaliados pelo Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS) elaborado pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS). Com isso, o IDI-RS caiu 2,3%, com ajuste sazonal, a terceira queda consecutiva, levando o indicador a novo piso da série iniciada em janeiro de 2003. “Os números de maio não alteram o quadro de recessão que acompanha o setor industrial gaúcho. A melhora recente nas expectativas dos empresários, motivada pelo novo governo, não está sendo acompanhada por uma reação concreta da produção, apesar da estabilização do ritmo de queda da atividade”, alerta o presidente da FIERGS, Heitor José Müller, ao divulgar os resultados, nesta segunda-feira (4).
As retrações registradas em faturamento real (-1%), horas trabalhadas na produção (-1,2%), utilização da capacidade instalada-UCI
(-1,2%, com grau médio de 78,2%), emprego (-1,1%) e massa salarial (-0,3%), os demais indicadores do IDI-RS, revelam que os problemas continuam a afetar a indústria gaúcha. “A demanda interna em baixa, o desemprego crescente, o crédito restrito e a falta de confiança dos empresários permanecem, mantendo um cenário incompatível para uma recuperação no curto prazo”, diz Müller. Em maio, o emprego caiu pelo 16º mês consecutivo, e apresentou dois recordes negativos: o de menor nível histórico e o de maior duração, o que levou a massa salarial à sexta contração seguida.
Se na margem a atividade mostra um aprofundamento do ciclo recessivo, o desempenho entre períodos mais longos indica estabilização. Com relação ao mesmo mês do ano anterior, o IDI/RS registrou a menor queda em três meses: 5,2%. Mas trata-se de novo recorde de duração: 27 resultados negativos consecutivos. No acumulado do ano até maio, na comparação com o mesmo período de 2015, o índice de atividade recuou 7%. O declínio havia sido de 7,5%, até abril, e de 7,4%, até março.
ACUMULADO NO ANO – Em relação ao acumulado de 2016, as perdas na atividade industrial gaúcha atingem todos os indicadores pesquisados nos primeiros cinco meses. Apresentaram reduções significativas o faturamento real (-10,7%) e as compras industriais (-9,4%). As horas trabalhadas na produção recuaram 5,5%, enquanto a UCI ficou estável (-0,1%), mas em patamar muito baixo. O emprego e a massa salarial real caíram 9,1% e 10,9%, respectivamente.
Quinze dos 17 setores pesquisados no IDI-RS apresentaram quedas intensas e disseminadas, especialmente Máquinas e Equipamentos (-15,6%), Veículos automotores (-12%), Produtos de metal (-11,7%), Móveis (-15%) e Alimentos (-4,3%).
Fonte: Fiergs
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