Impacto nos fretes a longa distância será maior, com aumento dos combustíveis, projeta Fetransul

A Federação das Empresas de Logística e Transporte de Cargas no Estado do Rio Grande do Sul (Fetransul) lamenta o aumento das alíquotas do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre a gasolina, o diesel e o etanol, anunciado pelo governo na quinta-feira (20).

O presidente da entidade, Paulo Caleffi, de Bento Gonçalves, da Transportes Bertolini Ltda, em entrevista para a Rádio Difusora, entende que os repasses trarão impactos para fretes em curta e longa distância. Ele cita que aconteceram três reduções nas refinarias em 2017, que foram equiparadas junto ao preço do frete. Porém, a entrada dos novos valores representa a volta ao patamar que era em janeiro.

“Estávamos até nos recuperando economicamente desta crise que assola o País, porque muitas empresas não repassaram este desconto aos seus usuários, uma vez que não era parte contratual. Deu fôlego para as empresas. Os que não repassaram os descontos tiveram impacto direto e até se obrigaram depois a repassar”, afirmou Caleffi.

O presidente recordou que quem irá pagar a conta será o usuário. “Quanto menor for o valor agregado da mercadoria, maior será o impacto. Se você comprar uma televisão, o impacto do frente é zero alguma coisa, mas no arroz, na comida, vestuário, é maior”, acrescentou. Estima-se um aumento de até 30% em longas distâncias e 10% em menores escalas.

“Sofre mais o povo, aqueles que tem menor renda. Todos nós consumimos, mas para quem tem renda menor, o impacto desta elevação do custo é maior”, finalizou.

Em uma das primeiras manifestações após o aumento, a Agência Nacional de Transporte de Cargas (ANTC) projetava 4%.

 

Fonte: Felipe Machado – Central de Jornalismo da Difusora

 

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