O Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul teve queda de 7,2% em 2020 e atingiu o valor de R$ 470,94 bilhões. O desempenho foi inferior ao registrado no Brasil, que também teve retração no período, de 3,3%. Na época da divulgação do resultado anual de 2020, em março de 2021, foi informado que, sem o impacto da falta de chuva na agropecuária e na atividade de eletricidade, o PIB do RS teria apresentado retração similar à média nacional.
A participação do Rio Grande do Sul no PIB do país passou de 6,5% em 2019 para 6,2% em 2020, o que ocasionou a perda de uma posição no ranking nacional, atrás de São Paulo (31,2%), Rio de Janeiro (9,9%), Minas Gerais (9,0%) e Paraná (6,4%).
As informações divulgadas nesta quarta-feira (16/11) fazem parte do Sistema de Contas Regionais 2020, que agrega novos dados das 27 unidades da federação, mais amplos e detalhados, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e de outras fontes, além de revisar, no caso do Rio Grande do Sul, a estimativa preliminar do PIB trimestral.
O trabalho é elaborado anualmente pelo IBGE em parceria com os órgãos estaduais de estatística, secretarias estaduais de governo e a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). No Rio Grande do Sul, o trabalho é realizado em conjunto com o Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG).
Desempenho por atividade
A queda do PIB do Rio Grande do Sul foi determinada pelas retrações da agropecuária (-29,6%), da indústria (-6,1%) e dos serviços (-5,0%). Na agropecuária, a atividade foi impactada pela estiagem que atingiu o Estado, especialmente nos meses de verão, cruciais para as lavouras mais significativas do setor. A agricultura registrou queda de 37,2% em 2020 e a pecuária uma redução de 11,4%.
Na indústria e serviços, os desempenhos negativos são explicados pelos efeitos da pandemia sobre a economia. No primeiro, a performance foi afetada pelas reduções na indústria de transformação (-6,5%), na atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação (-5,6%) e na construção (-5,0%). No caso dos serviços, as maiores quedas ocorreram nas atividades de alojamento e alimentação (-28,8%), serviços domésticos (-19,2%), transporte, armazenagem e correio (-15,6%) e artes, cultura, esporte e recreação e outras atividades de serviços (-12,5%).
A estrutura do Valor Adicionado Bruto (VAB) dos grandes setores passou por alterações de 2019 para 2020, com aumento das participações da agropecuária (de 8,63% para 8,82%) e da indústria (de 22,53% para 23,23%), enquanto os serviços apresentaram redução (de 68,84% para 67,95%). A atividade com maior crescimento absoluto na participação do VAB foi a de atividades imobiliárias (de 8,95% em 2019 para 9,70% em 2020). A maior queda na participação foi registrada nos serviços de alojamento e alimentação, que passou de 2,19% em 2019 e para 1,33% em 2020.
PIB pela ótica da renda
Em 2020, o maior componente do PIB, pela ótica da renda, foi o excedente operacional bruto e rendimento misto (45,4%), seguido da remuneração (40,5%) e dos impostos sobre a produção (14,1%).
PIB per capita
Em 2020, o PIB per capita do Rio Grande do Sul apresentou queda de 7,6%, alcançando R$ 41.227,61. O valor é 14,7% superior à média nacional, que atingiu R$ 35.935,74 no ano. O valor colocou o Estado na oitava posição entre os maiores PIB per capita do País, atrás de Distrito Federal, São Paulo, Mato Grosso, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Paraná.
Texto: Secom SPGG
Edição: Secom
(KPJ)
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