Em júri ocorrido nesta sexta-feira, 15, em Caxias do Sul, Anderson Lima de Miranda, conhecido como “Mirandinha”, foi condenado a 36 anos e sete meses de prisão por dois homicídios, duas tentativas de assassinato, receptação de veículo roubado e porte e transporte de armas de fogo de uso permitido e restrito. Atuou no plenário a promotora de Justiça Sílvia Regina Becker Pinto.
Os crimes ocorreram na noite do dia 16 de outubro de 2016, na Rua Antonio Benevenuto Marchi, Bairro Planalto, em Caxias do Sul. Na ocasião, Anderson, juntamente com seus comparsas já falecidos, matou a tiros Jonas Almeida de Mello e Lílian Cassini. Os crimes ocorreram por disputa de território e espaço no tráfico entre grupos rivais.
No mesmo dia, no Bairro Ipiranga, depois de matar Jonas e Lílian, Anderson e seus comparsas foram perseguidos por policiais militares e, ao perceberem, abandonaram o veículo em que estavam para tentar matar David Martins da Rosa e Maicon Luis Segala. Os delitos não ocorreram por circunstâncias alheias à vontade dos criminosos, uma vez que, por erro de pontaria, os disparos não atingiram as vítimas.
Anderson também foi condenado pela receptação de um veículo ocorrida em 2016, que sabia tratar-se de produto de crime. Ainda, em 2012, o condenado, juntamente de seus comparsas falecidos, portou e transportou uma pistola que sabia ser também provida de crime. No mesmo dia dos assassinatos e tentativas, Anderson portava e transportava essas armas de fogo, tanto de uso restrito quanto permitido.
Os crimes foram triplamente qualificados – por motivo torpe, meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas. Anderson é reincidente e está atualmente recolhido ao Sistema Prisional.
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