Atividade faz parte das ações que integram o programação do Mês da Consciência Negra
Neste sábado, dia 25, a partir das 16 horas, ocorre na Praça Vico Barbieri o Hip Hop Day. O evento é alusivo ao Mês da Consciência Negra de Bento Gonçalves e terá intervenções artísticas como música, breaking, grafitti e batalha de MC´s, realizadas pelo Coletivo Nest Support, liderado pelo artista Pedro Festa.
De acordo com o artista Pedro Festa, o Hip Hop desempenha um papel crucial na preservação e celebração da cultura negra. Por meio da música, dança e arte visual, o Hip Hop oferece uma maneira de manter vivas as tradições culturais, transmitindo-as para as gerações futuras. Ele proporciona uma plataforma para os artistas negros compartilharem suas perspectivas únicas, contribuindo para uma compreensão mais profunda da diversidade e da riqueza da experiência negra.
“Hip Hop é uma cultura afro diáspora que nesse ano completou 50 anos de existência e 40 anos de presença no Brasil. Teve sua criação por negros e latinos no Bronx em Nova York, mas no Brasil encontrou um grande ambiente para crescer e se difundir, principalmente dialogando com as periferias, locais de população majoritariamente negras”, comenta Festa, que também é dançarino e produtor cultural de Hip Hop há quase duas décadas.
Em Bento Gonçalves, as atividades do Mês da Consciência Negra estão sendo promovidas pela Secretaria de Cultura em parceria com entidades como Movimento Negro Raízes, Sociedade Educativa e Cultural 20 de Novembro, Abadá BG Capoeira, Conselho Municipal dos Povos Tradicionais de Matriz Africana, Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI) do Instituto Federal do Rio Grande do Sul, Coletivo Nest Support, Sesc de Bento Gonçalves e Museu do Imigrante
Hip Hop
O Hip Hop surgiu na década de 80, diretamente do movimento negro estadunidense. Esse gênero retratava a vida do negro nas periferias das grandes e pequenas cidades, tornando-se símbolo de resistência urbana e de esperança para uma futuro melhor. Atualmente, o Rap, música da cultura Hip Hop se consagrou como um dos gêneros musicais mais ouvidos no mundo, lançando outra luz sobre a vida nas margens da sociedade e garantindo um novo futuro àqueles que fazem parte dessa arte.
Em sua essência, o Hip Hop nasceu nos bairros afro-americanos de Nova York nas décadas de 1970 e 1980 como uma resposta criativa às condições sociais adversas enfrentadas por essas comunidades. Com elementos como o breaking, o graffiti, MC´s e DJ´s, o Hip Hop emergiu como uma forma de expressão que aborda questões sociais, econômicas e políticas, muitas das quais estão intimamente ligadas à experiência negra.
Ao longo dos anos, o Hip Hop se tornou uma plataforma para artistas negros compartilharem suas histórias, desafios e triunfos. As letras muitas vezes abordam questões como racismo, desigualdade, justiça social e identidade cultural. Dessa forma, o Hip Hop se torna um veículo de conscientização e educação sobre as questões enfrentadas pela comunidade negra.
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