O Grupo Direito ao Ensino Não Presencial Durante a Pandemia vem se posicionar publicamente sobre a questão suscitada pelo governo do Estado do RS da possibilidade de tornar obrigatória a aula presencial nesse início de ano letivo que se aproxima, questão que será discutida pelo gabinete de Crise do governo possivelmente esta semana, dia 04.
O Grupo, com toda sua representatividade já evidenciada no RS no ano de 2020, posiciona-se contrário à obrigatoriedade de aulas presenciais nesse momento da pandemia uma vez que não há ainda vacinação em massa, não existe vacinas disponíveis para todos, estamos iniciando esse processo de vacinação no RS, com grupos prioritários, conforme planilha do governo, onde ainda não estão inclusas as pessoas envolvidas na comunidade escolar de um modo geral, e, além disso, a igualdade de ensino não se dará de forma alguma, nesse momento, uma vez que diversos alunos estão em grupo de risco e não poderão frequentar aulas presenciais.
Estamos iniciando um processo de vacinação, onde poucas pessoas tiveram o privilégio de receberem a primeira dose da vacina. Esse é um processo longo, não havendo ainda disponibilidade de doses de vacinas para toda sociedade, o que leva à conclusão lógica que, se toda classe escolar for obrigada a retornar presencialmente, teremos certamente o aumento de casos de contaminação, aumento de lotação de UTIs, aumento de casos da síndrome inflamatória multissistêmica em crianças e adolescentes e aumento de óbitos decorrentes da Covid-19.
Mesmo que exista a fundamentação de que a educação presencial seja prioridade para os governos para minimizar os danos causados no ensino no ano passado, sabemos que a vida permanece sendo bem máximo indiscutivelmente. A saúde social também, o não esgotamento de um sistema de saúde público e privado.
No Rio Grande do Sul, até o fim de janeiro, havia 25 casos da síndrome multissistêmica inflamatória e uma morte em meio a 47,9 mil infecções de crianças e adolescentes até 19 anos. Isso é extremamente significativo nesse patamar escolar.
É preciso que haja vacinação no meio escolar, de todos professores expostos ao presencial, para que se possa cogitar um retorno obrigatório das aulas presenciais.
Assinam a nota as três administradoras do Grupo
Cassiana Lipp
Juliane Lombardi
Vânia Soares
Fonte: Central de Jornalismo da Difusora
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