Após o aumento do volume de chuvas no Rio Grande do Sul nas últimas horas, o governo do Estado convocou uma reunião de emergência do Gabinete de Crise na manhã desta terça-feira (30/4), na sede da Defesa Civil, em Porto Alegre. Sob a coordenação do vice-governador Gabriel Souza, os secretários traçaram um diagnóstico das principais ocorrências reportadas pelas equipes de resposta do governo e alinharam as ações emergenciais.
“O momento é de alerta em todo o Rio Grande do Sul para o alto volume de chuva que deve ser registrado ao longo de toda esta semana. As equipes do Estado, por meio do Gabinete de Crise, estão em total alinhamento para tomar todas as medidas necessárias em apoio aos gaúchos e aos municípios atingidos. Nossa prioridade neste momento é tirar as pessoas das áreas de risco e garantir a segurança de todos”, destacou o vice-governador.
De acordo com os modelos de previsão de cheias da Sala de Situação, vinculada à Secretaria do Meio Ambiente (Sema), o volume de chuva estimado para os próximos dias pode ocasionar alagamentos semelhantes aos níveis de novembro do ano passado, quando o Estado enfrentou uma das maiores enchentes da história.
As áreas mais atingidas podem ser as regiões dos rios Caí e Taquari, que atravessam municípios com grande concentração populacional. No momento, a situação mais delicada é no Vale do Caí, onde as quatro estações fluviométricas indicam que o rio já ultrapassou a cota de inundação. No Vale do Taquari, o ponto mais sensível é a região da cidade de Estrela, onde o curso d’água também superou a cota de inundação, atingindo mais de 20 metros.
Desde o início de segunda-feira (29/4), as forças de segurança do Estado estão agindo preventivamente, orientando e evacuando famílias das áreas de risco para casas de familiares, amigos ou abrigos municipais. A ação inicial está concentrada nas cidades de Candelária e Roca Sales, diante do risco de eventos climáticos mais extremos.
Durante a reunião, a Secretaria da Saúde (SES) informou que está orientando hospitais próximos de áreas de risco a transferir pacientes para áreas seguras. Segundo a Secretaria da Educação (Seduc), até a manhã desta terça-feira, três escolas estaduais foram danificadas e seis instituições tiveram muros desabados, mas não houve feridos. Mais de 70 escolas suspenderam as aulas devido a problemas no acesso ao transporte escolar.
O Gabinete de Crise também acionou equipes da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) e do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) para desobstruir e, em alguns casos, bloquear vias afetadas. As ações emergenciais contam com o apoio do Exército e das prefeituras, que participam da força-tarefa de resposta imediata.
O Gabinete de Crise se reunirá novamente durante a tarde desta terça-feira para avaliar a evolução das chuvas e níveis de rios e realinhar as ações de resposta.
Texto e edição: Secom
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