O Gabinete de Crise criado para monitorar atos antidemocráticos no Rio Grande do Sul se reuniu novamente nesta segunda-feira (10/1), no Palácio Piratini, sob a coordenação do governador Eduardo Leite. Participaram lideranças das forças de segurança e dos órgãos de controle estaduais e federais.
Durante o encontro, houve a atualização e o alinhamento das informações sobre as movimentações no Estado e as ações de monitoramento e investigação tomadas em relação aos atos que atentam contra a democracia.
O governador destacou a integração e o compartilhamento de informações como fatores fundamentais neste momento. “É essencial alinharmos conhecimento e informações e promovermos integração entre as esferas de competência que estão atuando em relação aos atos antidemocráticos. Não podemos transformar a compartimentação das competências em uma dificuldade para agirmos”, disse.
A Brigada Militar (BM) atuou na desmobilização dos pontos de aglomeração urbana de caráter antidemocrático que restavam estabelecidos no Estado. A operação foi concluída na tarde de segunda-feira (9/1) e, no momento, não há registro de nenhum foco de aglomeração no Rio Grande do Sul. A BM segue presente nos pontos sensíveis e atuando no monitoramento para evitar que as instalações sejam restabelecidas.
Os 73 policiais da tropa de choque da BM destacados para dar suporte ao governo federal já estão de prontidão e devem se deslocar para a capital federal em uma avião da Força Aérea Brasileira até o final do dia. O efetivo aguarda definição do governo federal.
“Estamos comprometidos com a proteção da capital federal, que é a capital de todos os brasileiros e a sede das instituições que são o alicerce da nossa democracia. Todos temos responsabilidade na defesa das instituições e inclusive do patrimônio público lá estabelecido”, afirmou o governador.
A Polícia Civil (PC) trabalha nos inquéritos que investigam pessoas que financiaram e atuaram nos crimes contra a democracia praticados no Rio Grande do Sul. De acordo com o chefe da PC, delegado Fábio Motta Lopes, a previsão é de que o inquérito seja concluído até o início de fevereiro.
O órgão também atua em colaboração com a Polícia Federal (PF) na identificação de pessoas que se deslocaram do Rio Grande do Sul para Brasília nos dias anteriores aos atentados e que possam ter participado dos atos. Os inquéritos serão remetidos ao Ministério Público nas esferas estadual e federal.
O governador reforçou que as forças de segurança estão prontas para agir de forma rápida diante de qualquer ato contra a democracia e que os setores de inteligência das polícias estão atentos e atuando em sinergia para garantir a lei e a ordem constitucional no Rio Grande do Sul.
“Não há como termos repressão policial em absolutamente todos os pontos sensíveis. Por isso, a inteligência está monitorando e detectando onde podem ocorrer novos atos. Em outra frente, trabalhamos para dar consequência a quem tenha praticado atos criminosos que precisam ser punidos”, enfatizou.
Participaram da reunião, por parte do Estado, o secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos, o chefe da Casa Militar, coronel Luciano Boeira, a secretária da Comunicação, Tânia Moreira, o procurador-geral do Estado, Eduardo Cunha da Costa, o secretário da Segurança Pública, Sandro Caron, o comandante-geral da Brigada Militar, coronel Cláudio Feoli, e o subcomandante-geral da BM, coronel Douglas Soares, o chefe da Polícia Civil, delegado Fábio Lopes, e o comandante do Corpo de Bombeiros Militar, coronel Luiz Carlos Neves Soares Júnior.
Também estiveram presentes, como convidados, o procurador-geral de Justiça, Marcelo Lemos Dornelles, o subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Júlio César de Melo, o procurador-geral do Ministério Público de Contas do RS, Geraldo da Camino, o procurador-chefe do Ministério Público Federal no RS, Felipe Müller, o coronel do Exército João Luiz de Macedo, do Comando Militar do Sul, o superintendente da Polícia Rodoviária Federal no RS, Robson Souza, o delegado Jonas Correa, da Polícia Federal, o coordenador de produção de Inteligência da Superintendência da Agência Brasileira de Inteligência, Robert Buchmann, Mariana F. Figueiredo, da Advocacia-Geral da União, e o presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação de Porto Alegre, Paulo Ramires.
Texto: Thamíris Mondin
Edição: Vitor Necchi/Secom
Foto: Maurício Tonetto/Palácio Piratini
PG
1º Simpósio de Estomias do Tacchini reúne 70 profissionais de saúde
Secretaria da Mobilidade informa alterações no trânsito no bairro Maria Goretti, em Bento
Valor de repasse do IPE Saúde é ampliado e prestadores receberão R$ 163,1 milhões nesta quinta, dia 21