Golpe do ingresso falso: o que fazer para não cair nele

O Brasil vive em 2022 a retomada de grandes festivais e eventos de música adiados pela pandemia. Grandes espetáculos como o Rock in Rio, o Lollapalooza e shows internacionais têm atraído multidões, esgotando ingressos minutos após a disponibilização pelas plataformas digitais. Nesse cenário, o golpe do ingresso falso também tem aparecido com frequência.

Sem a possibilidade de comprar direto na bilheteria oficial do evento, muitos fãs buscam a compra paralela de ingresso. Muitas pessoas compram com antecedência o ingresso e desistem de ir ao show. Decidem então vendê-lo, mas essa venda fora dos meios oficiais é arriscada.

Como funciona o golpe do ingresso falso

À procura de um ticket para entrar nos eventos, fãs postam o interesse nas redes sociais ou buscam ofertas em sites de compra e venda online. Ao identificar um potencial vendedor, a conversa migra para mensagens diretas e a negociação se inicia.

O golpista, então, explica que tem ingresso sobrando e faz a proposta de preço, geralmente bem acima do valor original. Para garantir logo a participação no evento, a pessoa decide aceitar o preço. O pagamento pode ser acertado via Pix ou dinheiro e o ingresso enviado ou entregue presencialmente.

Até aí parece que está tudo bem. O problema é que o ingresso é falso, ou seja, uma reprodução inválida do ticket original. Ingresso com erro de informação ou tinta estranha, um borrão, fontes distintas de letras, linhas tortas: tudo isso é sinal de fraude.

Como a cópia se aproxima do original, pode ser difícil desconfiar do golpe até o dia do evento. Assim, a pessoa vai até o local do show e é barrada. Disso vem a dupla frustração de não conseguir assistir ao evento e ter perdido dinheiro.

Nesse caso é importante ter atenção aos detalhes, como fonte (tipografia), cores e tamanho dos elementos gráficos que compõem o ingresso (impresso ou digital). Desconfie de qualquer detalhe que fuja do padrão.

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Como se prevenir do golpe do ingresso

A forma mais segura de não cair no golpe do falso ingresso é comprar do site oficial do evento. Qualquer outro caminho pode resultar em perda financeira e frustração. Os sites de revenda de ingressos, apesar de populares, também não são totalmente seguros, pois são pessoas vendendo para outras pessoas, e não a empresa oficial que organizou o evento.

Procure se informar em canais oficiais do evento ou da produção, como Instagram, Facebook ou site oficial. Busque informações também na imprensa, em portais de notícias e veículos confiáveis. Uniticket, BlueTicket, Ingresso Digital, Central dos Eventos e Sympla são algumas das empresas que comercializam ingressos.

Sites de revenda podem ser úteis em muitos casos, em especial quando os ingressos estão esgotados. Porém, é importante ter consciência de que a compra em mercados paralelos não traz garantia de recebimento do ingresso, nem mesmo de ressarcimento após alguma eventualidade

Atenção à segurança ao comprar online

Os riscos relacionados à compra, venda e circulação de dados pessoais na internet são uma realidade. Porém, o comércio online é um caminho sem volta. O consumidor deve, portanto, agir com cautela e verificar as condições seguras do site antes de preencher cadastro e inserir dados pessoais.

Um ponto importante é a verificação do site de venda. Os sites precisam ter o certificado de segurança, que pode ser averiguado no endereço eletrônico iniciado pela sigla “https” e que exibe, ao lado do endereço na barra de navegação, um ícone em forma de cadeado. O cadeado é a comprovação de que o site tem requisitos de segurança para compra e venda.

Se a oferta de ingresso surgir não em um site de revenda, mas em um post aleatório em sites de redes sociais, a atenção precisa ser ainda maior. A conversa só deve avançar no caso de o vendedor e comprador se conhecerem, com referências de um mesmo círculo de amizade ou familiar. Não é recomendado negociar com desconhecidos. Alguns pontos de atenção nas ofertas fora dos sites oficiais:

● Preços abaixo do original: caso a oferta seja de um ingresso em um valor abaixo do que foi pago pelo vendedor, desconfie.

● Transferência de ticket: uma forma segura de garantir uma compra e venda fidedigna é exigir a transferência do ingresso no site do evento. Quem compra o ingresso pode transferir para outro nome na maior parte dos sites oficiais, mas a operação precisa ser feita antes do download.

● Solicitação de dados pessoais e financeiros: caso alguém solicite informações que fogem da finalidade da compra do ingresso, pode ser um golpe para também roubar seus dados.

Além do risco de obter um ingresso falso, existem situações em que um mesmo ingresso verdadeiro é comercializado para várias pessoas. Após a primeira leitura no acesso ao evento, o ingresso se torna inválido.

Fonte e foto: Serasa

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