Quase m mês apósu a formalização de pactuação entre Municípios e Governo do Estado para a realização de cirurgias de alta e média complexidade na região em iniciativa liderada pela Amesne (Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste) que tem na presidência o prefeito de Bento Gonçalves, Guilherme Pasin, a sexta-feira dia 28, foi marcada pela realização de um fórum do Parlamento Regional da Serra Gaúcha em Caxias do Sul, com o tema “Diagnóstico dos Hospitais da Serra Gaúcha”.
Segundo um levantamento realizado pelo grupo, a Serra, atualmente, conta com cerca de 2.500 pessoas que aguardam por cirurgia de alta complexidade em Traumatologia. Em alguns casos, a espera ultrapassa o período de um ano. Recentemente, o governo do Estado anunciou o Hospital Beneficente São Carlos, de Farroupilha, como mais um centro de referência para traumato-ortopedia, descentralizando o serviço, que, antes, era responsabilidade única do Hospital Geral, de Caxias do Sul, que atende 49 municípios.
Através dos dados apurados, o fórum buscou entender a situação dos hospitais da região serrana, no que diz respeito à sua estrutura física, operacional e financeira, à estratégia orçamentária do governo estadual para a saúde, e o posicionamento dos municípios quanto à qualidade do serviço oferecido para a população.
Vereadora de São Marcos, Patrícia Camassola Tomé preside o Parlamento Regional. Também compuseram a mesa do fórum o vereador Flavio Cassina, presidente da Câmara Municipal de Caxias do Sul; Solange Sonda, titular da 5º Coordenadoria Regional da Saúde, representando a Secretaria Estadual da Saúde; Monica Mattia, coordenadora-executiva do Conselho Regional de Desenvolvimento (Corede) Serra; Guilherme Pasin, presidente da Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne) e prefeito de Bento Gonçalves.
Flavio Cassina deu as boas-vindas e enalteceu a relevância do encontro. “É de extrema importância esse momento de integração regional, porque, nos dias atuais, ninguém pode trabalhar de forma isolada”, afirmou.
Monica Mattia apresentou um estudo dos projetos da área da saúde que integraram o plano estratégico de desenvolvimento regional 2015-2030. A coordenadora-executiva do Corede Serra solicitou que deve haver maior transparência nas informações sobre leitos da UTI, nos hospitais da região.
A representante da Secretaria Estadual da Saúde informou que o Hospital São Carlos já tem estrutura adequada para atuar no âmbito traumatológico. O Ministério da Saúde tem o prazo de dois a seis meses para dar uma posição e oficializar o hospital como centro de referência na área.
Guilherme Pasin destacou a necessidade de uma visão estratégica, em pensar a região da Serra, como um todo. O impacto direto da judicialização da saúde, na espera por cirurgias, foi outro fator apresentado pelo presidente da Amesne.
Também estiveram presentes os deputados estaduais Carlos Búrigo, Pepe Vargas e Tiago Simon, e o deputado federal Ronaldo Santini. Este, como componente da Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados, defendeu reformulação dos valores da tabela do SUS. “O excesso da judicialização que acontece no SUS é pela falta de modernização da própria tabela, que não reconhece muitos dos procedimentos”, lamentou.
Os deputados estaduais salientaram a busca por emendas parlamentares destinadas ao custeio de saúde, que auxiliarão na manutenção dos hospitais da região. Também se pronunciaram a superintendente do Hospital São Carlos, Janete Toigo, a diretora do Hospital Virvi Ramos, Cleciane Simsen, o diretor do Hospital Pompéia, Gilberto Uebel, e o vereador-presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Câmara de Caxias, Renato Oliveira.
No período da manhã, foi realizada a reunião mensal do Parlamento Regional, na sala das comissões do Legislativo caxiense. Entre os temas debatidos: segurança pública, implantações da Delegacia da Mulher em Farroupilha e da Delegacia do Idoso em Caxias do Sul, que estarão em um manifesto a ser enviado ao secretário estadual do setor. A área da educação, com o fechamento de bibliotecas pelo governo do Estado e a falta de professores nas escolas, também foi discutida. A próxima reunião está marcada para o dia 19 de julho, na Câmara de Nova Roma do Sul.
Fonte: Central de Jornalismo da Difusora com informações da Câmara de Vereadores de Caxias do Sul
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