Jogos com realidade virtual se tornaram instrumentos de auxílio aos exercícios
Não é de hoje que videogames são populares entre crianças e jovens por entreter e desenvolver habilidades motoras. De forma divertida, a equipe de Fisioterapia da Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com a diretoria da Associação de Deficientes Físicos de Bento Gonçalves (ADEF), encontraram outra utilidade para o eletrônico: recuperar pacientes com dificuldades motoras. A solução são os jogos com realidade virtual, em que os movimentos no televisor são comandados pelos pacientes. A tecnologia é aplicada em sessões de fisioterapia nas dependências da ADEF.
“Os jogos são utilizados de forma lúdica ao mesmo tempo em que trabalham a força de sustentação, reação de equilíbrio e velocidade. O principal são os movimentos involuntários que o jogo obriga a fazer, diferentemente da fisioterapia convencional, que pede somente a repetição de determinado movimento”, enfatiza o coordenador do setor de Fisioterapia, Rafael Balestrin.
O pequeno Guilherme Foppa, de 10 anos, tem problemas de motricidade. A mãe, Keli Giovanella, notou uma melhora considerável no filho. “Para ele, esta forma de interação ajudou muito, pois além de brincar, trabalha também a musculatura. Como ele realiza a reabilitação desde os seis meses de idade, a fisioterapia se tornou menos enfadonha”, afirma.
Guilherme ganhou uma bolsa para participar do Maior Evento de Talentos do Mundo (MGT) que acontece no mês de abril, em Curitiba. Recentemente, ele realizou uma cirurgia de alongamento de tendão, que possibilita o aumento da mobilidade. “Há um ano, o Guilherme era cadeirante. Agora, ele continua recebendo o tratamento global, porém, com a cirurgia, o trabalho é focado nos membros inferiores”, explica Balestrin.
Os fisioterapeutas Allam Becker e Suzana Sacilotto são cedidos da Prefeitura à Associação e explicam que cada jogo traz novas maneiras de trabalhar os exercícios de acordo com a necessidade do indivíduo. “Por exemplo, no tênis de mesa virtual é possível trabalhar a lateralidade. Com isso, o paciente se diverte e, espontaneamente, percebe suas reações a cada movimento que realiza. É dar um olhar diferenciado no tratamento de pessoas com deficiência física, focando na potencialidade e não nas suas limitações”, observa Becker.
As sessões convencionais de fisioterapia são realizadas normalmente, intercaladas com sessões de jogos interativos.
A Associação de Deficientes Físicos atende cerca de 500 pessoas, oferecendo ao usuário acompanhamento das famílias através de atendimento psicossocial, além de grupos para adolescentes, familiares e cuidadores, contando também com uma oficina de musicalização para crianças e adolescentes.
Nesta terça-feira, 20, o secretário de Saúde, Diogo Segabinazzi Siqueira, acompanhado do coordenador médico da Secretaria, Marco Antônio Ebert, estiveram visitando a ADEF e acompanhando o trabalho dos fisioterapeutas.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social
Foto: Franciele Gonçalves
Em Pequim, RS Day reforça parcerias estratégicas do Rio Grande do Sul com a China
Segundou de Oportunidades: CIEE-RS inicia a semana com mais de 3,8 mil vagas de estágio e bolsas de até R$ 1,8 mil
Dom José Gislon – Um Rei fiel e servidor