Momento marcante reuniu lideranças que conduziram edições anteriores da Festa Nacional do Vinho
Autores de importantes capítulos da história da festa mais querida de Bento Gonçalves – a Fenavinho – estiveram reunidos em um momento de singular relevância simbólica: brindar o sucesso de sua 16ª edição, retomada após um hiato de oito anos.
Presidentes que conduziram edições anteriores da Festa Nacional do Vinho estiveram reunidos na noite de 18 de junho em um momento de integração realizado durante a 29ª ExpoBento, que acolhe de forma integrada à sua programação a 16ª Fenavinho. As lideranças brindaram – literalmente – a volta da festa que representa a maior expressão cultural do município – e que o elevou à alcunha de Capital Brasileira do Vinho.
Dos 13 gestores que ocuparam o cargo de presidentes desde a primeira edição, em 1967, sete participaram da cerimônia comemorativa. Juntos, lembraram as marcas importantes que já alcançaram frente ao evento e como a Fenavinho foi um divisor de águas para o setor vinícola e turístico bento-gonçalvense. Mesmo com as especificidades de cada edição, a opinião que predomina é a de que a Festa Nacional do Vinho precisava ser resgatada – e seu legado, celebrado.
O decano do grupo, Carlos Reno Dreher, presidente da II Fenavinho, realizada em 1971, destacou o árduo trabalho no início da festa para que ela pudesse chegar ao status que atinge atualmente.
“Naquela época, Bento Gonçalves era quase uma colônia. Não tínhamos estrada asfaltada até o município. Mas, apesar desse problema no acesso, foi uma Fenavinho muito representativa e com muita emoção – feita de coração. Foi o início de tudo o que vemos hoje”, descreve.
À frente da IV edição, em 1980, e vice em 2005, o ex-presidente Nelton Callegari considera a interiorização como o principal ponto a ser trabalhado pela festa. “A Fenavinho vem do interior. Devemos muito aos nossos vitivinicultores. Por isso, a parte mais importante do evento é a valorização da nossa essência interiorana. Agora, sob a tutela do CIC-BG, vejo um trabalho muito forte e crescente. Desejo sucesso à Fenavinho e à Bento Gonçalves”, reforça.
Na edição seguinte, cinco anos depois, quem presidiu foi o empresário Carlos Bertuol. “Fico muito feliz em ver a retomada da Fenavinho após um intervalo de oito anos. Estávamos apreensivos por conta das incertezas ligadas ao futuro da Festa, e o papel de condução assumido pelo CIC nesse resgate muito nos tranquiliza. A Fenavinho é uma festa muito querida pela comunidade, todos tem uma história, uma ligação com ela. Por isso seu retorno é tão importante”, pontua.
Primeira e única mulher na presidência – em duas oportunidades, 1993 e 1994 – Erci Grapiglia destaca o maior legado da Fenavinho: o convívio comunitário, que deve ser sempre lembrado.
“Esse é um momento muito importante: Bento Gonçalves poder resgatar a festa que é o símbolo da nossa cidade. Precisamos parabenizar essa juventude que está retomando e que idealizou essa linda Vila Típica, que nos leva às nossas raízes. É o que precisamos mostrar aos turistas”, enfatiza.
As edições do novo milênio
No começo do século XXI, a Festa Nacional do Vinho ocorreu de forma concomitante à ExpoBento pela primeira vez na história. Sob o comando de Jaime Milan, a XI Fenavinho de 2000 deu mostras de como a parceira com a maior feira multissetorial do país é propulsora para Bento Gonçalves.
“Em 2019 estamos revivendo aquela situação de 19 anos atrás, quando contamos muito com o apoio da ExpoBento para retomarmos o evento que também estava há anos sem ocorrer. A Fenavinho é uma marca muito importante para o setor vinícola, para o nosso turismo e para o município, por isso precisa sempre estar fortalecida, remetendo à nossa autenticidade”, considera.
Novamente de forma autônoma, a festa retornou em 2005 – desta vez encabeçada por Paulo Geremia. “A Fenavinho é a nossa festa-mãe. Exalta nosso produto mais valioso: o vinho. Só temos a agradecer e desejar sucesso à essa conjuntura oferecida pelo CIC-BG e pela comunidade bento-gonçalvense, que abraça mais uma vez esse encontro tão importante”, reitera.
“É emocionante ver esse resgate, pois a Fenavinho é um marco histórico. Bento Gonçalves deve muito a festa pelo seu desenvolvimento. Não podemos mais deixar cair no esquecimento”, reforça João Strapazzon, presidente da edição realizada em 2011.
Ciente da grandiosidade do desafio e da relevância do projeto, o comitê responsável pela 16ª Fenavinho procurou conduzir um trabalho de resgate da essência da festa, envolvendo a comunidade e recuperando as origens da tradicional celebração.
“Mas além de contar essa história, também tomamos o cuidado de mostrar ao público a evolução do vinho, um produto muito associado a identidade cultural de nossa região, e que se profissionalizou ao longo dos anos, conquistando espaço e reconhecimento no cenário mundial e nacional”, enfatiza o coordenador do Comitê, Diego Bertolini.
Ao Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves, entidade promotora da festa, cabe garantir a continuidade dessa retomada. “Plantamos a semente de um evento que já foi grande e, se bem cuidado e trabalhado, tem plenas condições de voltar a sua magnitude. Estamos convictos de que a Fenavinho será, em breve, um dos maiores eventos do Estado e até mesmo do país”, diz o presidente Elton Paulo Gialdi.
Homenagem merecida
Completando a noite de reverência a quem fez parte da trajetória do evento, o Lions Clube de Bento Gonçalves – Cidade do Vinho, após seu desfile beneficente, homenageou ex-presidentes, diretores e soberanas que marcaram presença no encontro. Na Passarela da Moda da ExpoBento, a entidade entregou uma recordação que remete à Pipa Pórtico para cada homenageado. “O Lions Clube sente-se muito honrado em poder homenagear elementos tão marcantes para a Fenavinho, neste que é um momento de retomada”, completa o presidente do Lions, Sandro Giordani.
Conheça todos os presidentes da Festa Nacional do Vinho:
Moysés Luiz Michelon (in memorian, I Fenavinho); José Eugênio Farina, Carlos Reno Dreher e Horácio Guedes Mônaco (II Fenavinho); Tel Antinolfi (III Fenavinho); Nelton Callegari (IV Fenavinho); Carlos Bertuol (V Fenavinho); Jovino Nolasco de Souza (in memorian) (VI, VII e VIII Fenavinho); Erci Grapiglia (IX e X Fenavinho), Jaime Milan (XI Fenavinho); Paulo Geremia (XII Fenavinho); Tarcísio Vasco Michelon (XIII e XIV Fenavinho); e João Strapazzon (XV Fenavinho).
Fonte: Exata Comunicação
Foto: Vagão Filmes
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