Presidente Fecomércio RS, Luiz Carlos Bohn. FOTO: Emmanuel Denaui/ Agência Preview

Fecomércio-RS expõe riscos de piora na situação econômica em caso de aprovação de projeto que tramita na Assembleia Legislativa

Reunião com deputado Carlos Búrigo, da Comissão de Economia, tratou de inviabilidade de empresas de arcarem com o aumento do Salário Mínimo Regional

Em mais uma ação para sensibilizar parlamentares gaúchos sobre os prejuízos que poderiam ser causados pela aprovação do PL 35/2020, que reajusta em 4,5% o Salário Mínimo Regional, representantes da Fecomércio-RS se reuniram nesta segunda-feira (24/08) com o deputado Carlos Búrigo (MDB), integrante da Comissão de Economia, da Assembleia Legislativa.

Na reunião foram apresentados dados para mostrar como o projeto, de autoria do Poder Executivo e encaminhado em fevereiro, traria perdas a empresas que enfrentam prejuízos sem precedentes devido às medidas para combater à Covid-19.

“Promover um aumento de salário em um momento em que muitas empresas estão operando com restrições de horários, número de funcionários e ocupação de clientes vai na contramão de todas as medidas adotadas até agora para tentar preservar empregos. A redução de jornada e suspensão de contratos, ação que teve 580 mil adesões, significa que as empresas estão passando por graves dificuldades. Um aumento representaria uma pressão que muitos não conseguirão sustentar”, alerta o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.

O PL 35/2020 aguarda parecer da Comissão de Economia, Desenvolvimento Sustentável e do Turismo da Assembleia Legislativa. Se aprovado, o piso regional, dividido em cinco faixas, chegaria a R$ 1.638,36 na faixa mais alta. A indefinição afeta as negociações coletivas: 86% das negociações do comércio varejista e atacadista em geral e serviços nas atividades não essenciais permanecem em aberto, situação que atinge 70% das negociações para as atividades essenciais.

A Fecomércio-RS entende que a gravidade do cenário atual reforça a posição de que o Piso Regional deveria ser extinto, já que, historicamente, os reajustes propostos não acompanham a realidade econômica do Estado. Entre 2015 e 2018, o Mínimo Regional acumulou ganhos de 37,5% apesar da queda de -4,5% do PIB no mesmo período.

Fonte: Fecomércio-RS

Foto: Jeferson Bernardes

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