A preocupação com a segurança é motivo de preocupação de lojistas de todo o estado durante o processo de votação do Impeachment. Ainda que a definição ocorra em Brasília, estão previstas concentrações e manifestações em diversas cidades brasileiras. A orientação da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul – FCDL-RS é de cautela na hora de optar pela abertura ou não dos estabelecimentos comerciais.
– Com os ânimos acirrados, não é desprezível a possibilidade de que os derrotados do processo democrático do impeachment partam por atos de vandalismo e outras violências, inclusive com o incentivo de alguns políticos irresponsáveis e sem noção do caos que estão por criar. Em razão disto, esperamos ver as forças de segurança de prontidão para evitar a violência contra pessoas e propriedades. Queremos ter fé de que o lado derrotado da decisão do próximo domingo tenha a maturidade de reconhecer o resultado legítimo, limitando-se ao debate civilizado e, se colocando como alternativa de governabilidade para as próximas eleições presidenciais. Porém se a barbárie prevalecer, devemos, dentro do possível, estar preparados. Ao lojista que perceber, especialmente no próximo domingo, ambiente hostil e inseguro para o exercício da atividade, recomendamos, lamentavelmente, que feche o estabelecimento até a calma ser restaurada – afirmou o presidente da FCDL-RS, Vitor Augusto Koch.
A FCDL-RS defende que o resultado do impeachment no próximo domingo – instrumento legitimamente previsto na Constituição – ponha definitiva pedra em cima das instabilidades atuais, garantindo a continuidade das investigações e processos sobre corrupção até as últimas consequências, dentro da Lei.
– O que os empreendedores precisam, é de um ambiente estável, seguro, de regras claras e razoáveis para continuar exercendo plenamente a função social de comerciantes. Muitos gostariam de ficar alheios às turbulências políticas atuais. No entanto, o Estado brasileiro, equivocadamente, se projetou a um tamanho tão grande, que ficou impossível manter relações privadas sem levar em consideração as condições impostas pelo setor público: os juros mais altos do mundo; tributos absurdamente elevados; desemprego em escalada alarmante; total falta de confiança do consumidor; e segurança precária – completou Koch.
A recomendação da FCDL-RS vai além, lembrando aos lojistas a importância de ter em mãos o inventário de patrimônio e estoques para que na eventualidade de algum sinistro se saiba o quanto e de quem cobrar pelo prejuízo.
Fonte: Play Press
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