Depois de desocuparem o Centro Administrativo Fernando Ferrari, em Porto Alegre, na manhã desta sexta, 17, o comando de greve dos professores estaduais anunciou que a paralisação continua. Coordenados pela presidente do Cpers/Sindicato, Helenir Aguiar Schürer, o grupo esteve reunido com o secretário estadual da Educação, Luís Alcoba de Freitas. De acordo com ele, algumas propostas foram colocadas à mesa para o debate. Freitas antecipa que segunda, 20, o sindicato fará uma assembleia para discutir as sugestões da secretaria. Ele acredita que a greve terminará em breve.
O governo afirma que manterá os benefícios adicionais para aqueles que trabalham em locais de difícil acesso. Mas seguem em negociação o piso do magistério, o reajuste salarial e a retirada do projeto de lei que está na Assembleia Legislativa e visa permitir que organizações sem fins lucrativos administrem as escolas.
O secretário Luís de Freitas acredita que os avanços nas negociações foram significativos. “Assim como o Cpers se comprometeu a levar para a categoria, nossas propostas, nos comprometemos a realizar uma grande cruzada, um fórum de discussões pela melhoria da qualidade da educação, com a participação de todos”, resume Freitas.
Os professores grevistas estavam no saguão do Centro Administrativo, onde há 12 secretarias estaduais, desde segunda, 13. O Cpers queria pressionar o governo a continuar as conversações para o fim da greve. Por sua vez, quinta, 16, o Executivo estadual ganhou na Justiça a desocupação do prédio. Porém, os professores permaneceram no local, ficando até esta sexta, sem intervenção da Brigada Militar.
Uma perícia foi feita no prédio para avaliação, apesar da afirmação do sindicato de que “apenas os banheiros ficaram sujos, porque a água foi cortada no segundo dia de ocupação”.
FOTO: Cpers/Sindicato/Divulgação
FONTE: Secretaria Estadual de Educação e Cpers
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