O relato indica que somente metade (50%) do volume de esgoto gerado no Brasil passa por tratamento, o que representa o despejo de 5.300 piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento na natureza todos os dias.
De acordo com o estudo, o investimento de R$ 13,7 bilhões destinado para o tratamento do esgoto no Brasil “é insuficiente para que seja cumprido as metas do Novo Marco Legal do Saneamento”, sancionado em 2020 pelo presidente Jair Bolsonaro.
Entre as 100 cidades analisadas para a realização do estudo, a disponibilidade do acesso à água tratada chega a 94,38% da população, percentual maior do que a média nacional, de 84,13%. O destaque negativo fica por conta da cidade de Porto Velho, capital do estado de Rondônia, onde somente 32,87% dos moradores recebem água tratada em seus domicílios.
“Outros 34 municípios possuem índice de coleta superior ou igual a 90% e, portanto, podem também ser considerados universalizados de acordo com a legislação”, relata o relatório do Trata Brasil. O município de Santarém (PA), por sua vez, conta com apenas 4,14% da população atendida com serviço de coleta de esgoto, o menor valor de toda a amostra.
Na análise regional, o relatório mostra que os municípios situados nos estados do Paraná, São Paulo e Minas Gerais seguem na liderança de melhores acessos ao saneamento básico. Por outro lado, entre os 20 piores municípios sempre estão municípios da região Norte, alguns do Nordeste e do Rio de Janeiro.
Fonte: Correio do Povo
(RM)
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