O resultado das exportações, apurado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), revela que no primeiro semestre de 2019 a indústria gaúcha comercializou, entre janeiro e junho, um total de US$ 6,2 bilhões, redução de 0,6% sobre o mesmo período de 2018. Se considerada, porém, a operação no âmbito Repetro, de uma plataforma registrada como exportação para a Holanda, em fevereiro do ano passado, no valor de US$ 1,534 bilhão, e de outra em janeiro deste ano, para o Panamá , no valor de US$ 1,3 bilhão, esta queda chega a 3,7%.
À exceção de maio, quando o desempenho das exportações gaúchas foi influenciado pela base de comparação deprimida em razão da greve dos caminhoneiros no mesmo mês do ano passado, o recuo nas vendas externas está disseminado por diferentes setores. Quem contribuiu significativamente para o resultado negativo no acumulado do ano até junho foi o segmento de Alimentos, que representa 14% do total da pauta exportadora, e caiu 16,7%, influenciado pela diminuição nas vendas de farelo e óleo, produtos derivados da soja. Máquinas e equipamentos desabou 40% e Veículos automotores, 21,2%. A Argentina, que passa por grave crise econômica, é a grande responsável pelo recuo na aquisição de bens dessas duas categorias, diminuição agregada de US$ 299 milhões em relação ao mesmo período de 2018.
O quadro das exportações de produtos industriais do RS só não é mais grave porque Coque e derivados (462,5%), Celulose e papel (61,6%) e Tabaco (27,2%) obtiveram um expressivo crescimento. A grande elevação em Coque e derivados se deu pela base de comparação baixa de 2018, enquanto o resultado da Celulose deve-se, exclusivamente, ao valor atípico embarcado em janeiro (US$ 423 milhões). Já o bom desempenho de produtos do Tabaco está relacionado a fatores logísticos.
Assim como as exportações, as importações responderam à atividade econômica mais moderada e recuaram fortemente nos seis primeiros meses, especialmente em Bens Intermediários (-5,4%), Combustíveis e lubrificantes (-33,3%) e Bens de consumo (-44%). Houve crescimento apenas dos Bens de capital (3,7%).
DESEMPENHO NO MÊS
Na comparação mensal, as exportações do setor secundário do Rio Grande do Sul somaram US$ 917 milhões, queda de 4% ante junho de 2018. Entre as categorias da indústria, Celulose e papel (-31,5%), Máquinas e equipamentos (-28,8%), Couro e calçados (-25,9%) e Tabaco (-12,3%) anotaram os maiores recuos. Queda que foi parcialmente compensada pelos embarques do segmento de Alimentos (33,5%), favorecido pela base de comparação deprimida ainda por conta da greve dos caminhoneiros.
As importações mensais também assinalaram queda, de 17,4% em relação a junho do ano passado, totalizando US$ 805 milhões.
Exportações da indústria (jan-jun 2019/jan-jun 2018)
Celulose e papel (US$ 939 milhões): crescimento de 61,6%
Tabaco (US$ 805 milhões): crescimento de 27,2%
Coque e derivados do petróleo e biocombustíveis (US$ 90 milhões): crescimento de 462,5%
Alimentos (US$ 1,3 bilhão): retração de 16,7%
Máquinas e equipamentos (US$ 293 milhões): retração de 40%
Veículos automotores, reboques e carrocerias (US$ 580 milhões): retração de 21,2%
Fonte: Fiergs
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