A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar supostas irregularidades na construção de uma escola municipal instalada na Câmara de Vereadores do município, ouviu na tarde desta terça-feira, 17, o ex-prefeito Lírio Turri (PTB).
Já passam de 20 os depoimentos dados, com o do ex-chefe do executivo local. A obra recebeu mais de R$ 1 milhão do Governo Federal e cerca de R$ 250 mil da Prefeitura, contudo, está parada há meses.
“Como gestor estou tranquilo. Poderia ficar até a noite respondendo qualquer tipo de pergunta. Sei da forma correta que agimos na colocação dos recursos públicos vindos do Governo Federal e dos recursos Municipais. Agora as questões técnicas, de engenharia, não posso falar, porque tem engenheiros que fiscalizaram e trabalharam. Se tiver irregularidade eles devem pagar por isto. Por parte do Executivo não há nada de irregular”, disse Turri.
Silvio Cesca (PMDB), relator, e Onécimo Pauleti (PMDB), presidente da CPI, além dos vereadores Aristides Fantin (PMDB) e do presidente do Legislativo, Nilso Cavaleri (PDT), efetuaram os questionamentos por mais de 1 hora.
Questões de verbas, prazos, escrituras, aditivos, fiscalização da obra, entre outros temas, foram abordados pelos parlamentares. O ex-prefeito Lírio Turri esteve acompanhado de seu advogado, Adroaldo Dal Mass.
Turri disse ainda que não haveria necessidade de uma CPI. “O prefeito atual era simples, podia nomear engenheiros de sua confiança e enviar diretamente para o Ministério Público. A gente não tem receio nenhum de dar esclarecimentos”, finalizou.
Entre engenheiros, administradores da empresa, Comissão de Licitação da Prefeitura, entre outras pessoas, já foram ouvidas pela CPI.
O presidente da CPI, Onécimo Pauleti, informou que “a cada depoimento contribuiu para a construção que estava parada. Lá no final a gente vai formar um relatório. Se houve erro a gente vai apontar, se não houve, vamos divulgar o relatório”.
Estima-se ainda mais quatro depoimentos, entre eles, do atual prefeito, Adenir Dallé (PMDB), que deverá ser na terça-feira da próxima semana.
O presidente da Câmara de Vereadores, Nilso Cavaleri, confirmou que 23 pessoas no total irão depor. “A gente está aqui não para acusar ninguém, e nesta etapa a gente vê que tem muita coisa errada. Já existe muita coisa confusa que depois como presidente vamos mandar ao Ministério Público Estadual e Federal”, disse.
O relator, vereador Sílvio Cesca, diz que “é fundamental esclarecer o máximo possível para a população”. O prazo é até 5 de dezembro entregar o relatório final.
A obra iniciada em 2015 está paralisada deste outubro de 2016, devido a problemas na execução do projeto arquitetônico, por parte da empresa Brunoni e Salvador Empreendimento LTDA, vencedora da licitação realizada pela Prefeitura em 2014.
Prefeitura rescinde contrato de obra da Escola
A Prefeitura de Monte Belo do Sul rescindiu em março o contrato com a empresa Brunoni e Salvador Empreendimento, responsável pela construção da escola. A empresa foi multada em R$ 50 mil.
Os motivos da rescisão, segundo o prefeito Ademir José Dallé, foram à morosidade nas obras, o não cumprimento dos prazos de execução, ou seja, em 30 meses apenas 35% da estrutura arquitetônica foi construído e a falta de garantia contratual da empresa Brunoni.
Fonte: Central de Jornalismo da Difusora com informações e fotos repórter Felipe Machado
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