Foi aberta oficialmente, na sexta feira (23), na estação experimental do Instituto Riograndense do Arroz (Irga), em Cachoeirinha, a 28 ª colheita do arroz. O governador José Ivo Sartori prestigiou a solenidade, assim como o secretário estadual da agricultura, pecuária e irrigação, Ernani Polo. O ato também contou com a presença do secretário de política agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller.
Atualmente o setor enfrenta dificuldades devido a elevados custos de produção, valores pagos pela saca ainda abaixo do ideal, dificuldades para escoamento do produto, concorrência desleal devido a disparidades no acordo do Mercosul. Produtores reivindicam medidas de apoio ao governo federal e estadual.
“Com relação ao Mercosul, nós estamos conversando com Santa Catarina e Paraná. Porque hoje o Mercosul trás prejuízos graves a setores da produção, especialmente do Sul do Brasil e nós precisamos e não podemos admitir que apenas alguns paguem a conta. É preciso que o Mercosul tenha
resultados positivos para setores como o arroz, o leite, o trigo, que hoje estão sofrendo. Precisamos liderar um grande movimento somando governadores, secretários,
senadores, deputados federais, deputados estaduais, entidades dos três Estados do Sul e
buscarmos rediscutir as regras do Mercosul, que estão aí há quase 30 anos e se mostraram
muito prejudiciais a esses setores, aqui da produção do Rio Grande e do Brasil.
Estamos mobilizando esse movimento para que, possamos fazer com que os produtores
tenham competitividade. Quando o produtor não tem renda, não tem resultado na sua propriedade, ele não compra máquina, não renova equipamentos, e isso afeta diretamente
a economia dos municípios, do Estado e do Brasil. Renovamos o nosso compromisso de estar sempre ao lado dos produtores”, disse o secretário da agricultura, Ernani Polo.
Atualmente, o Rio Grande do Sul é responsável por quase 70% do arroz produzido no Brasil. Com 12 mil produtores de arroz no estado, a expectativa é que a safra 2017/2018 resulte em 7,9 milhões de toneladas do grão. Ao todo, a colheita inicia com um índice de produtividade estimado em 7,5 mil quilos por hectares.
Sartori aproveitou o momento para ressaltar o trabalho dos produtores agrícolas. “Apesar das dificuldades do setor, hoje o Rio Grande do Sul ocupa uma posição significativa na produção de arroz no país. Tudo isso, graças ao empenho e ao esforço dos nossos produtores. É isso que estamos celebrando aqui, a força e a dedicação do trabalhador do campo”, disse o governador
O governador destacou, ainda, a relação com o Mercosul e a importância de rediscutir suas regras em prol de setores estratégicos. “É importante que exista este debate para que setores como o arroz, leite e trigo não sofram prejuízos como estão sendo penalizados agora, com a atual livre comercialização”, afirmou. Os incentivos concedidos pelo Estado ao segmento do arroz, em 2017, também foram citados por Sartori, que definiu a ação como “um fomento importante para competitividade do setor arrozeiro, principalmente o industrializado, o que consequentemente favorece toda a cadeia de produtores”.
De acordo com o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, o governo federal também está tomando as iniciativas necessárias para amenizar o atual momento que o setor arrozeiro enfrenta. “Fizemos renegociações, avançamos em relação ao seguro e continuamos buscando soluções. Estamos olhando para frente e fazendo o possível para que a cadeia tenha a estrutura necessária para enfrentar os desafios do setor”, destacou.
“Precisamos operar em parceria, com a cadeia inteira apoiando um ao outro. Só assim estaremos aqui no próximo ano, abrindo mais uma colheita, desta vez, comemorando resultados positivos”, disse o presidente da Federarroz, Henrique Dornelles.
Participaram do evento o vice-governador, José Paulo Cairoli; o secretário da Casa Civil, Fábio Branco; o senador da República, Lasier Martins; o ministro do Meio Ambiente da província de Santa Fé; Jacinto Speranza; o representante da prefeitura de Cachoeirinha, secretário municipal Juliano Paz; os deputados federais Jerônimo Gorgen, Alceu Moreira, Afonso Hamm, Pompeo De Mattos e Covatti Filho; o representante da presidência da Assembleia Legislativa do Estado, os deputados estaduais Edsom Brum, Gabriel Souza e Ronaldo Santini e o superintendente federal da Agricultura no Rio Grande do Sul, Bernardo Todeschini.
Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação
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