“Pé disso, pé daquilo” traz uma aventura que brinca com os sentidos da palavra ‘pé’
Bento Gonçalves tem um consolidado cenário de produção literária na Literatura Infantil. Nomes como Gumercinda Parisotto (também conhecida como Gugüi), Fabiane Sassi Caio, Marta Sassi, encantam a meninada com suas belas histórias que marcaram a infância de muitas gerações. Com essa vocação para escrever e imaginar histórias para crianças, em 2022, surge mais uma voz, a escritora Estella Munhoz. Na época, foi publicado o livro “A casa de Tartólia”, pela Editora Urutau.
Agora, ela lança mais uma aventura chamada “Pé disso, pé daquilo”, nessa sexta-feira (08), às 19h, na Fundação Casa das Artes. O livro iniciou sua jornada na Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP) que ocorreu de 9 a 13 de outubro, tendo sido publicado pela Editora Patuá. A história traz vários sentidos para a palavra pé, instigando os pequenos leitores a viajarem pelas possibilidades de sentidos. Talvez a história já tinha uma gênese inusitada: quando criança folheava o “Manual de reflexologia podal e cromoterapia” de sua mãe. Como diz a autora: “gostava muito de ver os desenhos dos pés, os pontos coloridos e os círculos cromáticos”.
Formada em Design e Letras, atualmente Estella também leciona Português e Inglês na EMEF Tancredo de Almeida Neves. O encantamento com a Literatura Infantil começou no Mestrado em Letras e Cultura, onde pode aprofundar sobre o assunto. A escritora destaca como a Literatura Infantil instiga a sua produção, em que lida com dois mundos: o verbal e o visual. Segundo a autora, o primeiro livro “surgiu em um projeto final da especialização em Literatura Infantil e Juvenil em que havia várias possibilidades de projetos finais, como fazer um artigo, uma proposta cultural ou um livro. Eu escolhi fazer um livro e ali nasceu ‘A casa de Tartólia’. Depois, continuei escrevendo e ilustrando até chegar ao ‘Pé disso, pé daquilo’”.
Estella comenta como os livros estão conectados a sua infância e o que move a sua escrita: “A descoberta. Quando era criança, os livros eram tudo para mim, vivia rodeada deles. Meu sonho de crianças era aprender a ler. Eu lembro das imagens porque lia elas por não saber (ainda) ler as palavras. Nos meus livros, eu deixo espaço para o leitor inferir o que não está dito. […] É um sentimento de muita alegria saber que uma narrativa que nasceu das minhas vivências e imaginações pode agora caminhar com os leitores. Acredito que esse é o papel da literatura: mexer com o leitor, seja por meio da diversão, da reflexão, da imaginação… fazer com que as pessoas se encantem com as histórias”.
Crédito das fotos: Guilherme Conci
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