O Rio Grande do Sul recebeu, esta semana, uma missão do México composta por médicos veterinários especializados em epidemiologia, análise de risco e vigilância em pontos de fronteira. A comitiva estrangeira veio com o propósito de avaliar unidades de produção de bovinos e frigoríficos brasileiros sob o aspecto de controle sanitário, com enfoque na febre aftosa.
A comitiva estrangeira verificou a implementação e cumprimento da legislação e instrumentos normativos que regulam a produção de carne bovina, de acordo com as disposições de seu país de origem. Os profissionais também realizaram análise qualitativa de risco para avaliar a probabilidade de introdução do vírus da febre aftosa por meio da importação de carne desossada e maturada do Brasil para o México.
A visita, organizada pelo Ministério da Agricultura, incluiu nove estados brasileiros em seu roteiro. No Rio Grande do Sul, foram cinco municípios visitados: Uruguaiana, São Gabriel, Santa Maria, Alegrete e Bagé. A missão mexicana se dividiu em três eixos: avaliação das propriedades rurais, vistorias a plantas de produção e verificação de pontos de fiscalização de fronteiras.
“Mesmo que o controle das fronteiras seja responsabilidade do Ministério, a Seapi designou uma equipe com representantes do Programa Estadual de Vigilância de Fronteiras, o Sentinela, para acompanhar a missão e prestar informações sobre as atividades de mitigação de riscos realizadas no âmbito do Estado”, explica a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal, Rosane Collares.
Ela também ressaltou que as expectativas são positivas para a abertura de novos mercados para a carne bovina. “Conseguimos demonstrar todas as atividades para mitigação de riscos sanitários que desenvolvemos no Rio Grande do Sul. Além disso, já possuímos desde 2021 o status de zona livre de aftosa sem vacinação, concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal, que é consequência de um trabalho de excelência de fiscalização das medidas sanitárias no Estado”, ressaltou.
A missão mexicana encerrou na última sexta-feira (28/4) em Brasília com uma reunião entre técnicos do Mapa e do México. No fim do ano passado, uma missão do Chile ao Rio Grande do Sul resultou no reconhecimento do Estado gaúcho como área livre de aftosa sem vacinação. O que habilita o mercado para a exportação de animais e produtos de origem animal para o país vizinho. “A defesa sanitária mexicana agora fará a avaliação de tudo que foi coletado de informações no Brasil para uma possível deliberação nos próximos meses”, afirmou Rosane.
Texto: Elaine Pinto/ Seapi
Foto: Divulgação Seapi
PG
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