Os admiradores de um bom vinho sabem que a bebida pode ser degustada em qualquer estação, mas é no inverno que os hábitos mudam para se adaptarem às temperaturas mais frias, também impactando nos vinhos escolhidos para harmonizar com a estação. Com o frio se aproximando, nada melhor que aprender melhor a combinar o tipo de vinho com o prato. Por isso, o docente do curso de Sommelier do Senac Bento Gonçalves Marcelo Scavone preparou algumas dicas:
Mais do que a estação, pense na combinação do vinho com o prato
Existe uma crença de que os vinhos brancos combinam com o verão e os vinhos tintos devem ser consumidos no inverno. Mas, mais do que isso, é preciso observar as intensidades dos pratos. “No inverno, tomamos muitas sopas e comidas mais calóricas e a combinação deverá respeitar a intensidade do prato e combinar com o vinho. Por exemplo, lasanhas, normalmente untuosas, combinam com um vinho tinto, uma vez que o tanino deste entra em ação limpando o nosso paladar. Já sobremesas e alguns queijos vão bem com um vinho licoroso”, explica o docente.
Uma variedade de queijos nas famosas tábuas de queijos, que ocorre em muitos dos lares, deve ser observada com cuidado, pois os queijos frescos e com uma certa acidez ou salinidade, assim como os queijos mais delicados, harmonizam com espumantes, vinhos rosé e brancos mais encorpados. Isso também quebra com a crença de que todo e qualquer queijo deve ser harmonizado com vinho tinto o qual, por sinal, combina perfeitamente com queijos duros e queijos pungentes.
Outro vinho que ganhou muitos adeptos é o rosé. Há pouco tempo, o vinho rosé era tido como um vinho sem muito prestígio. Hoje, ganhou a mesa e os lares de muitas pessoas, inclusive as pessoas que não costumavam beber vinho. “Estes podem sim harmonizar com peixes, frango e até alguns elementos de charcutaria”, explica Marcelo.
Em relação à escolha do vinho, Marcelo destaca que a variedade depende do gosto pessoal, mas revela suas preferências: “Neste ano, estou preferindo a variedade merlot e cortes de cabernet franc com cabernet sauvignon. Essas escolhas são muito influenciadas pelos acompanhamentos e consequente harmonização. Mas minha principal motivação é apreciar vinhos locais valorizando as variedades produzidas na região”, destaca.
Cuidado com certos elementos
Existem elementos que sim, dificultam e até mesmo inviabilizam uma harmonização, pois podem deixar a boca amarga, adstringente ou metálica. “Elementos como oleaginosas, principalmente o amendoim, as azeitonas, o aspargo, o vinagre da salada e alguns preparos com ovos devem ficar de fora de suas combinações”, destaca Marcelo.
Mitos do consumo de vinhos
Existem algumas combinações que parecem ser estranhas como, por exemplo, consumir espumante comendo feijoada. O fato é que as “borbulhas”, o “gás” e a acidez do espumante ajudam a limpar o paladar, ou seja, feijoada com espumante é sim uma combinação possível. Por sinal, uma comida de inverno para esquentar nos dias frios.
Outra situação interessante de falar é que muitas pessoas comentam que os vinhos mais caros são os melhores. No entanto, a questão da escassez – o fato de o vinho ser raro ou ter sido produzido numa quantidade limitada – é o que faz com que o preço suba, sem necessariamente ser o melhor vinho de todos. Tendo em vista que nem sempre o mais caro é o melhor, a última dica do professor do curso de Sommelier é: “Valorize as vinícolas e os produtos nacionais. A qualidade dos nossos vinhos e espumantes é reconhecida mundialmente”.
Fonte: Senac Bento Gonçalves
Foto: Arquivo Rádio Difusora
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