Um dos desafios do secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Covatti Filho, será encontrar uma solução para o debate que envolve o agroquímico 2,4-d. A pauta foi reforçada em encontro no dia 17 deste mês, na sede da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), com os principais setores e entidades ligadas ao meio rural. Um dos últimos laudos técnicos elaborados por técnicos da pasta e entregues ao Ministério Público do Estado, apontou prejuízos nas culturas das uva, oliveiras e de maçãs.
Para o diretor executivo do Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho), Carlos Paviani, “está se buscando uma solução ou até suspensão temporária. Cada um usa o que quiser, mas não pode com o produto interferir na produção de terceiros”, defende.
A Secretaria analisou 53 amostras em solo gaúcho em 18 cidades, sendo 52 com resultados positivos e 47 propriedades atingidas com resíduos do agrotóxico.
Um dos diretores da Fetag (Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS), Olir Schiavenin, “isto prejudica o produtor e precisamos usar o bom senso, de forma racional, sustentável e ecológica”, disse.
Em recente visita em Bento Gonçalves, em entrevista para a Rádio Difusora 890, o secretário Covatti Filho definiu como ‘uma batata quente’ a ser resolvida. “Temos que tirar a possibilidade de proibir, a gente tem é que regulamentar o uso deste defensivo”, afirmou.
Ele garantiu no encontro com as entidade que encaminhou um pedido para a criação de um grupo de trabalho formado por técnicos da área pública, entidades envolvidas e os Ministérios Públicos estadual e federal.
O 2,4 D é aplicado na soja e é utilizado para eliminar a erva daninha, que acaba interferindo no desenvolvimento da lavoura por competirem pelos nutrientes, luz e água, presentes no solo.
Conforme o jornal Zero Hora, Bagé, Candiota, Dom Pedrito, Santana do Livramento, Jaguari e Monte Alegre dos Campos são algumas das cidades com propriedades afetadas.
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A sugestão do Ministério Público foi a de regulamentar o uso de todos os agroquímicos, não apenas o 2,4-d. Também ficou definido que o inquérito terá continuidade em Porto Alegre, saindo da Promotoria de Justiça de Bagé, o que não retira a possibilidade de um de consenso entre as partes. Caso não haja acordo o processo será encaminhado para a esfera judicial.
O diretor do Departamento de Defesa Agropecuária, Antonio Carlos de Quadros Ferreira Neto, disse que a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural irá assumir o papel de liderar os trabalhos, e que os técnicos das cadeias envolvidas serão convidados para uma nova reunião.
Fonte: Felipe Machado – Central de Jornalismo da Difusora com informações da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural.
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