Enquanto houver pandemia seguirá o sistema de bandeiras, diz coordenadora do Modelo no RS

Dos 120 dias da pandemia do novo coronavírus, no Rio Grande do Sul mais da metade deste período transcorre com o Modelo de Distanciamento Controlado, construído com base em critérios de saúde e de atividade econômica, com bandeiras e protocolos específicos de acordo com a evolução epidemiológica.

Ainda no começo deste mês de julho a Amesne (Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste) juntamente com o apoio da classe empresarial, propôs a reavaliação de itens do modelo como forma de tentar evitar o “abre e fecha” com impactos como demissões e fechamentos de estabelecimentos comerciais.

Desde então a Rádio Difusora buscava um retorno do Estado e conseguiu após dez dias, entrevistar a ex-secretária de Planejamento, Orçamento e Gestão e coordenadora do Comitê de Dados do Modelo, Leany Lemos.

Em sua manifestação para emissora reforçou que o “Estado tem tido um bom desempenho e tem a situação menos dramática que outros locais justamente pelas restrições colocadas até agora”, ponderou.

Comentou ainda que o fato de ocorrerem comparações de internações com outros períodos se não este de pandemia não é correto. “É um vírus diferente de outras gripes e que tem taxa de letalidade. O vetor é o ser humano e o que funciona é isolar o vetor”, salientou.

Leany descartou o lockdown completo ou o abre tudo. Disse que a metodologia tenta conciliar as duas áreas (saúde e economia) e que “enquanto houver pandemia seguirá o Modelo no RS”.

IMPACTOS NA SAÚDE:

Nesta terça-feira o Rio Grande do Sul chegou à marca de 74,5% na ocupação de leitos de UTI em geral e infelizmente ultrapassou os 1 mil óbitos.

IMPACTOS NA ECONOMIA:

Entre março e maio, segundo projeção em documento entregue ao governador Eduardo Leite pelas entidades Federasul, Fiergs e Fecomércio-RS, 120 mil postos de trabalho foram desativados em território gaúcho.

Em um período que contabiliza março, abril e maio, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o Caged, somente Caxias do Sul registrou 17.815 demissões e Bento Gonçalves 5.174 no total.

Fonte: Felipe Machado – Central de Jornalismo da Difusora

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