Encontro avalia estruturação de Indicação Geográfica para a Citricultura do Vale do Caí

Produtores, representando a Câmara Regional da Citricultura do Vale do Caí, além de representantes da Emater e do Sebrae-RS, estiveram reunidos na Embrapa Uva e Vinho para conversar com o pesquisador Jorge Tonietto, em Bento Gonçalves, sobre a possibilidade e oportunidade de estruturação de uma Indicação Geográfica para as tradicionais frutas cítricas para o consumo in natura da região do Vale do Caí.

Segundo Derli Paulo Bonine, engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, a visita foi agendada para atender uma prioridade identificada no Seminário de Planejamento realizado pela Câmara de Citricultura em 2017. “Nosso grupo tem a missão de buscar formas de valorizar a fruta cítrica que produzimos, por isso marcamos essa reunião. Acreditamos que a Indicação Geográfica seja uma opção”, pontuou ele.

Após apresentação da fruticultura do Vale do Caí realizada pela Comitiva, Tonietto falou sobre alternativas para a valorização dos cítricos da região, como a Marca Coletiva, a Marca de Certificação e a Indicação Geográfica. O pesquisador abordou as vantagens e as exigências dessas diferentes modalidades de direito marcário.

Com base na explanação, o grupo achou mais pertinente para o momento atual trabalhar em uma marca coletiva. “É importante reunir os diferentes elos da cadeia produtiva, em especial os produtores e os comerciantes para definir os critérios de qualificação dos produtos e estruturar uma representação institucionalizadas dos interessados”, destacou Tonietto.

Segundo antecipou Junior Utzig do Sebrae-RS, já no mês de julho essa Comitiva irá se reunir com os comerciantes e apresentar alternativas para a valorização dos citros, com destaque para a criação de uma Marca Coletiva, com base nas informações obtidas durante a visita à Embrapa.

As próximas etapas deverão ser discutidas entre os membros da Câmara Regional da Citricultura do Vale do Caí, com a possibilidade de criação de uma Associação, que reunirá o o setor produtivo e definirá o regulamento de uso, estabelecendo os padrões de qualidade para os cítricos de interesse. Dentre outras frutas cítricas, na região merece destaque a bergamota Montenegrina.

A Câmara Regional da Citricultura do Vale do Caí foi criada em 2002, por produtores, viveiristas, instituições de ensino, pesquisa e extensão, que sem uma constituição formal, reúnem-se para avaliar a situação, elaborar diagnósticos e propor atividades para alavancar a produção e a qualidade dos citros da região.

Também estiveram presentes na reunião os produtores integrantes da Coofrutaf, Maurício Luís Jacobsen e Sandro Henrique Mota, o técnico da Embrapa Alexandre Mussnich e a professora do Instituto Federal do Rio Grande do Sul, Shana Sabbado Flores.

 

Fonte: Embrapa Uva e Vinho

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