Neste ano, o educandário, por meio do projeto norteador, realizou resgates históricos e incentivou a pesquisa científica
O último sábado foi um marco na trajetória de 19 anos da EMEF Lóris Pasquali Reali, localizada no Vale dos Vinhedos. O educandário realizou a I Mostra do Conhecimento onde envolveu 200 alunos que realizaram ao longo do ano trabalhos em sintonia com o projeto norteador tendo como tema “Bento: história, cultura e sustentabilidade”. Na ocasião, o público pode conferir o processo de aprendizado e de pesquisas empreendidas pelos estudantes, onde puderam mostrar os resultados.
Neste ano, o projeto teve dois recortes, sendo primeiro de cunho histórico e o segundo mais científico. Dessa forma, possibilitou aos professores e alunos trabalhar sobre a imigração italiana, realizando resgates históricos envolvendo a culinária como grostoli e colombinas, vestimentas italianas e instrumentos musicais e exposição de brinquedos da época e de objetos antigos que demonstram o percurso empreendido durante o ano na busca de subsídios para os trabalhos e tarefas.
Já no campo científico, como explica a professora de Ciências Janice Mejolaro, a proposta para os alunos foi de pensar cada componente curricular planejando um experimento ou, até mesmo, jogo didático com materiais recicláveis. Como, por exemplo, em Língua Portuguesa teve jogos para aprofundar conceitos gramaticais, ortografia, adjetivos. A professora explica como foi realizada a dinâmica em outros componentes.
“Em pequenos grupos, pensaram e elaboraram uma dinâmica experimental de amostragem o que aprendeu durante o ano. Por exemplo, dentro da Matemática tivemos formas geométricas, volume, densidade, líquidos. Das Ciências da Natureza, como tensão superficial da água, pH ácido, as Três Leis de Newton com amostragens e comprovações no cotidiano. Os alunos estavam muito ansiosos e tensos, preocupados se iam atingir a expectativa e depois se sentirem muito bem no decorrer da manhã, tornando-se protagonistas do conhecimento”.
Gabriela De Conto, fez o experimento de Ácidos e Bases. Ela conta sobre o processo. “A gente pesquisou nos livros, nas aulas, praticamos bastante e apresentamos para as pessoas hoje, que gostaram e acharam interessante”. Seu colega Júlio César Mendonza, fala sobre como foi importante para a escola o evento. “Foi interessante, uma inovação, pois não tinha acontecido antes, além de ter sido passado o conteúdo para outras turmas. Foi uma experiência incrível”.
Para Graziela Grandi, vice-diretora, a I Mostra de Conhecimento tornou-se um evento essencial para a compreensão da linha temática de trabalhos “É bem relevante esse momento, onde os alunos têm a oportunidade de mostrar para a comunidade escolar o que vêm aprendendo no decorrer do tempo e que tem a ver com a sustentabilidade, seja na área do meio ambiente, da cultura, ou até mesmo em aspectos da educação financeira”.
A diretora Carina Zucchi faz um balanço sobre a I Mostra do Conhecimento.
“Foi gratificante e emocionante ver o resultado do trabalho de excelência realizado pela equipe de professores. Diversas ações foram realizadas de forma interdisciplinar sempre valorizando a bagagem cultural dos estudantes, desenvolvendo as habilidades pessoais de cada um e instigando os alunos a serem protagonistas do próprio conhecimento. Com tudo isso, nós educadores, temos a certeza de que nosso trabalho vai muito além dessas pequenas ações realizadas no dia a dia. Mais do que isso, temos a confiança de que estamos preparando cidadãos conscientes e preocupados com o mundo em que estão vivendo e que deixarão para as próximas gerações, seja no aspecto ambiental, cultural ou na valorização e respeito às diferenças”.
Sustentabilidade
Vale ressaltar que a EMEF Lóris Pasquali Reali trabalha com a linha sustentável desde 2012. Com o passar dos anos, as ações nesse campo foram aumentando e promovendo benefícios para o meio ambiente. A diretora Carina Zucchi explica sobre um dos trabalhos que é feito durante o ano: o recolhimento de garrafas PET e o auxílio dos estudantes, no contraturno, nesse processo.
“Temos um projeto com a Bela Forma, de Garibaldi, que é uma empresa de plásticos. A gente recolhe as garrafas PET, os alunos, no contraturno, retiram o lacre, o rótulo e a tampinha. As garrafas transparentes são separadas e enviadas para aquela empresa onde enviam para outra em Santa Cruz que transforma em uma lâmina de plástico: matéria-prima para fazer embalagens para supermercados, padarias. Recolhemos da sociedade algo que se transforma em matéria-prima. Nossa escola é a única de caráter rural do município.”
Também é realizado o recolhimento de plástico, papelão, blisters de remédio, esponjas de louça, material de escritório e de óleo de cozinha. Na época do limão, é feito sabão caseiro com auxílio dos alunos e da professora de Ciências, sendo que a venda é realizada pelo nono ano.
Três educandários da rede pública de ensino têm um biodigestor, e a EMEF Lóris é um deles. A aquisição ocorreu em 2023 por meio de recursos do CPM.
Fotos: Divulgação/EMEF Lóris Pasquali Reali
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