Público participou ao vivo do quinto encontro virtual da série Diálogos Democráticos. Debate, ocorrido na manhã desta segunda (28), foi mediado pelo ministro Luís Roberto Barroso
A quinta live da série Diálogos Democráticos, realizada na manhã desta segunda-feira (28), trouxe uma novidade que agradou aos eleitores: a oportunidade de enviar perguntas a três renomados especialistas sobre os cuidados sanitários para enfrentar a pandemia do novo coronavírus no dia a dia e durante o processo eleitoral.
Durante 1 hora, internautas de todo o país tiveram suas dúvidas e curiosidades respondidas por Marilia Santini, médica e pesquisadora da Fiocruz; David Uip, professor de medicina e médico infectologista do Hospital Sírio-Libanês; e Luis Fernando Aranha Camargo, pesquisador e médico infectologista do Hospital Albert Einstein. As perguntas foram apresentadas pelo presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, que atuou como mediador da live.
Os três convidados estão entre os mais renomados especialistas de sua área de atuação e ajudaram o TSE a elaborar o Plano de Segurança Sanitária que será adotado em todas as seções eleitorais do país para preservar a segurança de eleitores e mesários nas Eleições Municipais 2020. A recomendação básica para todas as situações é a mesma: evitar aglomeração, usar máscara de proteção, manter o distanciamento social e higienizar as mãos sistematicamente.
Abertura
Luís Roberto Barroso abriu a live ressaltando que a Justiça Eleitoral está fazendo o máximo possível para conciliar o exercício democrático do voto com a preservação da saúde pública da população. O ministro lembrou que a consultora sanitária instituída pelo TSE se reuniu ao longo dos meses de julho e agosto na preparação de um plano sanitário capaz de garantir a eleição mais segura possível aos mesários, eleitores e candidatos.
Em seguida, o ministro solicitou aos convidados uma breve reflexão sobre a importância da realização da eleição mesmo em meio a uma pandemia.
David Uip afirmou que o risco zero não existe, mas ressaltou que o voto é a principal manifestação pública em favor da democracia. “A epidemia teve dia para começar; infelizmente não sabemos o dia que vai acabar. O risco zero não existe, mas o protocolo elaborado pela Justiça Eleitoral para as eleições é o mais seguro possível”, garantiu.
Luis Fernando Aranha Camargo ressaltou que todas as medidas de segurança estão sendo adotadas para que o exercício do voto – a materialização da democracia em forma de eleição – ocorra da forma mais segura possível. “A democracia é uma atividade essencial e não pode parar”, afirmou.
Marilia Santini destacou que, após sete meses de pandemia, a ciência adquiriu mais conhecimento sobre a doença e sua forma de contágio e mais bagagem para fazer um protocolo de segurança eficaz para as eleições de novembro próximo.
Vacina
Os internautas também perguntaram sobre o andamento das pesquisas para a produção de vacinas contra a Covid-19 em futuro próximo. David Uip enfatizou que vacina é a melhor forma de prevenção de qualquer doença infecciosa, mas descartou qualquer possibilidade de termos vacinas disponíveis antes da eleição.
Ele explicou que existem 133 vacinas sendo pesquisadas em todo o mundo, e que o Brasil tem participação ativa nessa cruzada pela descoberta. “Estamos muito otimistas, mas não acredito que seja a curto prazo. Não haverá vacina até o dia 15 de novembro”, asseverou.
Relaxamento
David Uip se disse preocupado com o relaxamento de parte da população, que está frequentando locais públicos sem a devida proteção. Ele reconhece que os números da pandemia estão caindo, mas enfatizou que a consolidação dessa queda depende muito da conscientização da população: “Todos precisam entender que essa pandemia não acabou”.
Por sua vez, Luis Fernando aproveitou o momento para reforçar a importância do uso da máscara e da manutenção do distanciamento social. Para ele, essas medidas devem ser intensificadas para paralisar a transmissão do vírus.
Outra questão que despertou o interesse dos participantes foi a imunização. David Uip explicou que existem mais de 30 milhões de infectados pelo mundo, com pouquíssimos casos relatados de reinfecção, mas que ainda permanece a dúvida sobre se essa imunização natural é permanente ou não. Ele afirmou, que neste momento, a reinfecção não está sendo vista como algo de relevância para os cuidados com os pacientes e para a prevenção.
Sintomas
Os internautas também perguntaram sobre os principais sintomas da Covid-19 e em quais situações o eleitor não deve comparecer às urnas. Luis Fernando Aranha Camargo explicou que, entre os sintomas clássicos da doença, estão tosse, dor de garganta e dor no corpo, associado à febre. Eventualmente, pode vir associado à diarreia e à perda de olfato e de paladar.
Ele lembrou que muitos desses sintomas se aplicam a outras infecções virais comuns. Para ele, é preciso muito discernimento na hora de decidir se vai ou não às urnas. “Não é qualquer sintoma leve ou qualquer diarreia que vai impedir o eleitor de comparecer à urna”, observou.
Para o especialista, tem que haver alguma suspeita muito forte, de preferência testada em algum serviço de saúde. Na ausência de sintomas fortes, e sobretudo na falta de febre, o eleitor deve comparecer à seção eleitoral para votar, obviamente, adotando todas as recomendações de segurança.
Grupo de risco
Os internautas indagaram se o eleitor de mais de 60 anos que se sinta saudável pode atuar como mesário. Luis Fernando afirmou não ver problema algum, uma vez que o protocolo aplicado aos mesários parte do princípio da segurança máxima, com a utilização de máscara, protetor facial, álcool em gel e contato mínimo com o eleitor.
“O protocolo de proteção é rígido e serve para qualquer idade. Os mecanismos de segurança ofertados são suficientes para evitar o risco de contaminação”, afirmou.
Muitos internautas ainda se disseram preocupados com a participação no processo eleitoral. Para Davi Uip, essa preocupação é legítima e benéfica, pois alerta o cidadão sobre a importância de seguir o protocolo estabelecido e recomendado, com o uso de máscara, higienização das mãos e distanciamento social. “Isso vale para todo cidadão”, completou.
Luis Fernando afirmou que ter esse tipo de preocupação é extremamente saudável, mas não pode comprometer o exercício da cidadania por meio do voto. “Não deixe de votar. A estrutura está sendo montada para que se tenha a máxima segurança. A democracia é o combustível de um país”, ressaltou.
Marília Santini afirmou que todos somos capazes de adotar novos hábitos e novas formas de agir nesse importante momento da democracia. “Votem seguindo todas as medidas de segurança”, conclamou.
Encerramento
O presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, encerrou a live agradecendo o empenho, a dedicação e a boa vontade dos especialistas e das três instituições que ajudaram a Justiça Eleitoral a produzir um “detalhado e admirável” Plano de Segurança Sanitária para as Eleições de 2020.
A live foi transmitida ao vivo pelo canal da Justiça Eleitoral no YouTube e em todas as redes sociais oficiais do Tribunal. O público que acompanhou a transmissão pôde interagir por meio dos chats e postando mensagens no Twitter usando a hashtag #DiálogosDemocráticos.
Fonte: TSE
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