Em Bento, pesquisadores buscam informações sobre programas de reciclagem

Um dos principais problemas ambientais do mundo contemporâneo é, sem dúvida, a grande quantidade de resíduos gerados pela população. Junto com isso, aparece um problema ainda maior, que é a falta de reaproveitamento desses produtos. Bento Gonçalves celebra mais uma vez o alto índice de reciclagem. Atualmente, das 45.419,86 ton/anual de lixo produzido, 24% é potencialmente reciclado, segundo dados da Secretaria do Meio Ambiente.

A coleta seletiva para reciclagem dos materiais está possibilitando a recuperação diária de 36% quilogramas de papel e assemelhados; 40% de plásticos; 20% toneladas de vidro; 3% toneladas de ferro; e 1% de outros metais.

Esses números já chegam a outros estados e levam estudiosos da área a pesquisas. Nesta segunda-feira, 27, Diego de Freitas Espinoza, mestrando pela Universidade de São Paulo (USP) e coordenador de projetos do Instituto Terroá, e a bióloga Alessandra Santana estiveram em Bento para conferir o sistema de gestão no quesito reciclagem. A visita foi acompanhada pelo secretário do Meio Ambiente, Claudiomiro Dias, a coordenadora de Educação Ambiental Simone Lemos, a coordenadora do setor de arborização Rejane Lazarotto e coordena do setor de resíduos Marlene Pelicioli.

“Ribeirão Preto, cidade onde moramos, tem 600 mil habitantes e não reciclamos 1%. Bento é destaque em análises e gestão, por isso estamos aqui. É um índice fora da curva, de forma positiva”, reitera Espinoza.

Bento Gonçalves aumentou em 10,5% a quantidade de resíduo potencialmente reciclado, nos últimos seis anos. Espinoza se surpreendeu com a quantia de tipos de coleta – hoje são seis. “Estou quase chorando de emoção”, brinca.

Somente em 2019, o setor de Educação Ambiental – importante instrumento de mobilização da comunidade para mudança de hábitos e comportamentos – alcançou mais de 62.330 mil pessoas, um acréscimo de 32,17% em relação a 2018.

“Esse é um ponto forte para o aumento no percentual de reciclagem. São projetos contínuos no público formal (escolas) e não formal (comunidade). Toda ação desenvolvida é focada na multiplicação de conhecimentos”, destaca Simone.

Os pesquisadores visitaram a Associação de Recicladores Progresso, Central de Triagem e a RN Freitas. Na oportunidade, se reuniram também com o prefeito Guilherme Pasin. O gestor Municipal pontuou que educação ambiental e fiscalização, aliados à consciência comunitária, são pontos fundamentais para os altos índices. “Sem dúvida alguma esse resultado positivo provém de uma série de fatores que levam Bento a referência. Acredito fortemente na educação como base primordial”, enfatiza.

 

Fonte: Assessoria de Comunicação Social da Prefeitura

Fotos: Franciele Gonçalves

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