A economia de Caxias do Sul cresceu 11,3% de janeiro a abril deste ano. É o que mostra a pesquisa realizada pela Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC) e Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL Caxias) e divulgada nesta semana. Números positivos também foram registrados no acumulado dos últimos 12 meses, quando a economia caxiense cresceu 9,8%. “Em abril de 2018 a economia retomou o patamar que teve nos melhores momentos da última década”, afirmou o diretor de Economia, Finanças e Estatística da CIC Astor Milton Schmitt.
Na comparação entre abril e março deste ano houve uma queda de 1,2% na economia local, com a indústria e o comércio registrando desempenhos negativos. Schmitt ressalta que apesar do pequeno recuo em relação a março, a comparação com abril de 2017 mostra forte recuperação de todos os segmentos. Dois itens que compõem o Índice de Desempenho Industrial (IDI/Caxias) – utilização da capacidade instalada e vendas industriais – foram negativos em abril na comparação com março, o que resultou em uma queda no índice geral de 1,5%. Nos demais itens, como horas trabalhadas, compras industriais e massa salarial, houve crescimento em abril sobre março.
Para Schmitt, o fato de as compras crescerem mais do que as vendas na comparação entre abril de 2018 e abril de 2017 significa que o nível de confiança da indústria aumentou. “Os industriais estão comprando mais, repondo seus estoques para retomar a produção”, analisou o diretor da CIC.
Comércio exterior
No comércio exterior, a pesquisa apontou queda de 14,6% no saldo da balança comercial caxiense no acumulado dos últimos 12 meses, situando-se em US$ 479 milhões. O fraco desempenho das exportações caxienses, nos últimos anos aliás, preocupa Astor Schmitt. “Estamos exportando menos do que em outros anos, e isso é preocupante”, alertou. Para ele, Caxias do Sul está perdendo espaço no mercado internacional porque perdeu competitividade. “Ficou muito caro produzir em Caxias”, ressaltou.
Empregos
No mês de abril, houve a criação de 362 postos de trabalho em abril, indicando ligeira alta de 0,2% no total de empregos formais, que hoje é de 161.971. Em 2018 foram gerados 4.024 empregos, uma variação positiva de 2,5%. Nos últimos 12 meses, o saldo é positivo em 1.657 novas vagas, o que corresponde a 1% de crescimento. “Ainda é um nível bastante modesto de geração de empregos se lembrarmos que tínhamos 183 mil postos de trabalho em 2013 e caímos para 158 mil em dezembro de 2017. É escasso, mas pelo menos é um número positivo. Estamos empregando e não desempregando”, assinalou Schmitt.
Apesar dos números positivos em abril, os diretores da CIC e CDL manifestaram preocupação com o desempenho da economia local no mês seguinte em função dos prejuízos ocasionados com a paralisação dos caminhoneiros. De acordo com os representantes das entidades, a greve afetou todos os setores e os impactos serão sentidos nos números de maio.
Também participaram da coletiva o presidente da CIC, Ivanir Gasparin, o diretor de Economia, Finanças e Estatística da CIC Carlos Zignani, o diretor da CDL Ricardo Comandulli, o assessor de Economia e Estatística da CDL, Mosár Leandro Ness, e a assessora do Departamento de Economia, Finanças e Estatística da CIC, Nara Panazzolo.
Fonte: CIC Caxias do Sul
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